terça-feira, julho 29, 2008
Mais um TOP 10
Olá amigos do blog,
Tudo bom com vocês?
Nesse fim de semana corri a 9ª etapa do AMA Motocross, em Washougal. Como eu havia comentado antes, esta não era uma das minhas pistas favoritas, até então, a minha melhor posição nessa pista tinha sido um 17ª colocação, na segunda bateria do ano passado. Nas duas provas que corri em Washougal, eu nunca tinha conseguido terminar as duas baterias. Sabia que não seria um fim de semana fácil, porém, fui para a corrida com um pensamento positivo e querendo dar o meu melhor. Foi o que eu fiz.
Terminei a prova com a nona colocação no overall. Deixei para trás alguns pilotos de fábrica, entre eles Wey Sean e R. Laninovich. Esses pontos que consegui serão muito importantes no campeonato. Comecei muito bem o fim de semana, marquei bons tempos no sábado, mas eu não estava contente com o acerto da minha moto, principalmente com meus pneus. A pista de Washougal é famosa por ser a mais escorregadia da temporada. Após os treinos, conversei bastante com meu mecânico Max. Decidimos fazer algumas mudanças na moto, tentando melhorar para o domingo. Em seguida, fui para pista, já que iria acontecer a largada da Mariana, no WMA. Passei para ela algumas dicas da pista.
Eu estava lá, fazendo meu papel de irmão, torcendo para que tudo desse certo pra Ela. Durante todo o campeonato, ela está sofrendo muito com as largadas. Com uma corrida excelente, ela veio fazendo várias ultrapassagens e terminou a prova na quarta colocação. Eu achei essa a melhor prova dela aqui nos Estados Unidos.
Bem, fomos para o hotel descansar, pois sabia que o domingo seria um dia de muito trabalho. No domingo pela manhã, fomos para pista e percebi que tinha chovido um pouco. Achei que isto poderia tornar a pista um pouco melhor. Fui para os treinos classificatórios.
Eu estava andando rápido durante todo o fim de semana. Sabia o quanto era importante uma boa posição no gate, já que a largada era muito curta e a primeira curva super travada. Aproveitei a oportunidade e abri uma volta atrás de James Stewart. Fui atrás de Bubba, me segurei como pude e por boa parte da volta estava muito próximo dele. Mal podia acreditar, dei tudo que tinha e sabia que aquela seria uma volta incrível, mas a poucos metros do fim da volta minha moto saiu de traseira e perdi ali alguns segundos. Mesmo assim cruzei a linha de chegada e naquele momento fiz o terceiro melhor tempo. Permaneci nessa posição por algum tempo, porém, minha volta foi superada por alguns pilotos. Terminei o treino em sétimo. Acabei superando a minha melhor posição no gate, que tinha sido na corrida anterior em Unadilla.
Tudo pronto, 40 motos no gate. Fiz minha oração pedindo um bom resultado e que eu completasse a prova sem nenhum acidente. Alinhei ao lado de Bubba, com a esperança de pegar uma carona com ele.
Cai o gate e mão no fundo. A minha estratégia não deu muito certo, não consegui vir com o Stewart na primeira curva e acabei me enroscando com outros pilotos. Por muito pouco não caí. Infelizmente, passei no sensor de largada na 31ª posição. Naquela hora, vi minhas chances de chegar entre os top 10 indo por água abaixo. Fui pra cima e dei o meu melhor, sempre forçando cada curva e batendo guidão com vários pilotos. Aos poucos vim me recuperando. A pista estava muito complicada para ultrapassar e por mais que lutasse perdi muito tempo. Acabei virando abaixo da minha expectativa. Após 35 minutos de prova, terminei na 13ª colocação. Fui para os boxes descansar e me preparar para a segunda bateria. Confesso que não estava muito satisfeito com o meu resultado. Eu sabia que precisava apenas de uma boa largada. A cada corrida eu vejo o quanto é importante largar bem. Hoje, considero que seja 50% da corrida é a largada.
Fui para mais uma bateria. Alinhei no gate, porém ainda mais concentrado. Desta vez, me concentrei mais e mais na largada. Pulei do gate bem, vim na reta e acreditava estar entres os cincos. Do meu lado estava o piloto da Yamaha J.Hill, que resolveu não tirar a mão e fui com ele até o último momento. Acabei freiando, pois ele tinha a vantagem na curva. Perdi algumas posições e devo ter saído em 12º ou 13º. Fiz duas ultrapassagens e era o décimo colocado. Eu tinha à minha frente o piloto R. Abrigo, que não vinha na mesma velocidade. Acabei perdendo muito tempo para ultrapassá-lo. Quando consegui fazer, eu vinha 10 segundos atrás do próximo pelotão.
Vim buscando os pilotos que estavam à minha frente. Forcei muito e trouxe junto comigo o piloto oficial da Yamaha S. Hamblin. Não demorou muito e começamos uma briga pela posição, que durou várias voltas. A pressão era grande, ele chegou a me ultrapassar, mas dei o troco na curva seguinte. Foi assim até 25 minutos de prova. Hamblin cometeu um erro ou teve problemas mecânicos e perdeu contato. A esta altura faltavam quatro voltas e comecei a encostar no pelotão da frente. Não demorou muito e comecei a ver o piloto Jeff Alessi. Dei tudo que tinha e vim tirando 1 segundo por volta. Eu sabia que na última volta poderia tentar a ultrapassagem, porém, na penúltima volta vim forçando muito e acabei escorregando em uma das curvas. Por muito pouco não fui parar no chão. Depois disso, respirei fundo e resolvi segurar o resultado. Mesmo assim, cruzei a chegada a menos de 1 segundo dele, em décimo e nono no geral.
Acredito ter sido um excelente fim de semana. Estou feliz com o resultado final, mas sei que tenho que trabalhar mais as largadas. Terei um descanso de duas semanas, onde quero trabalhar duro, pois para as próximas etapas o preparo físico vai mandar muito. As pistas seguintes são de areia e a temperatura vai chegar a quarenta graus. Agradeço muito a Deus por me manter 100% fisicamente e ter a oportunidade de realizar meu sonho em cada etapa disputada. Muito obrigado a vocês que sempre estão na torcida, com pensamentos positivos, orações e muitas mensagens que me dão cada vez mais coragem de seguir acelerando.
Muito obrigado aos meus patrocinadores a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Até a próxima
Balbi
Tudo bom com vocês?
Nesse fim de semana corri a 9ª etapa do AMA Motocross, em Washougal. Como eu havia comentado antes, esta não era uma das minhas pistas favoritas, até então, a minha melhor posição nessa pista tinha sido um 17ª colocação, na segunda bateria do ano passado. Nas duas provas que corri em Washougal, eu nunca tinha conseguido terminar as duas baterias. Sabia que não seria um fim de semana fácil, porém, fui para a corrida com um pensamento positivo e querendo dar o meu melhor. Foi o que eu fiz.
Terminei a prova com a nona colocação no overall. Deixei para trás alguns pilotos de fábrica, entre eles Wey Sean e R. Laninovich. Esses pontos que consegui serão muito importantes no campeonato. Comecei muito bem o fim de semana, marquei bons tempos no sábado, mas eu não estava contente com o acerto da minha moto, principalmente com meus pneus. A pista de Washougal é famosa por ser a mais escorregadia da temporada. Após os treinos, conversei bastante com meu mecânico Max. Decidimos fazer algumas mudanças na moto, tentando melhorar para o domingo. Em seguida, fui para pista, já que iria acontecer a largada da Mariana, no WMA. Passei para ela algumas dicas da pista.
Eu estava lá, fazendo meu papel de irmão, torcendo para que tudo desse certo pra Ela. Durante todo o campeonato, ela está sofrendo muito com as largadas. Com uma corrida excelente, ela veio fazendo várias ultrapassagens e terminou a prova na quarta colocação. Eu achei essa a melhor prova dela aqui nos Estados Unidos.
Bem, fomos para o hotel descansar, pois sabia que o domingo seria um dia de muito trabalho. No domingo pela manhã, fomos para pista e percebi que tinha chovido um pouco. Achei que isto poderia tornar a pista um pouco melhor. Fui para os treinos classificatórios.
Eu estava andando rápido durante todo o fim de semana. Sabia o quanto era importante uma boa posição no gate, já que a largada era muito curta e a primeira curva super travada. Aproveitei a oportunidade e abri uma volta atrás de James Stewart. Fui atrás de Bubba, me segurei como pude e por boa parte da volta estava muito próximo dele. Mal podia acreditar, dei tudo que tinha e sabia que aquela seria uma volta incrível, mas a poucos metros do fim da volta minha moto saiu de traseira e perdi ali alguns segundos. Mesmo assim cruzei a linha de chegada e naquele momento fiz o terceiro melhor tempo. Permaneci nessa posição por algum tempo, porém, minha volta foi superada por alguns pilotos. Terminei o treino em sétimo. Acabei superando a minha melhor posição no gate, que tinha sido na corrida anterior em Unadilla.
Tudo pronto, 40 motos no gate. Fiz minha oração pedindo um bom resultado e que eu completasse a prova sem nenhum acidente. Alinhei ao lado de Bubba, com a esperança de pegar uma carona com ele.
Cai o gate e mão no fundo. A minha estratégia não deu muito certo, não consegui vir com o Stewart na primeira curva e acabei me enroscando com outros pilotos. Por muito pouco não caí. Infelizmente, passei no sensor de largada na 31ª posição. Naquela hora, vi minhas chances de chegar entre os top 10 indo por água abaixo. Fui pra cima e dei o meu melhor, sempre forçando cada curva e batendo guidão com vários pilotos. Aos poucos vim me recuperando. A pista estava muito complicada para ultrapassar e por mais que lutasse perdi muito tempo. Acabei virando abaixo da minha expectativa. Após 35 minutos de prova, terminei na 13ª colocação. Fui para os boxes descansar e me preparar para a segunda bateria. Confesso que não estava muito satisfeito com o meu resultado. Eu sabia que precisava apenas de uma boa largada. A cada corrida eu vejo o quanto é importante largar bem. Hoje, considero que seja 50% da corrida é a largada.
Fui para mais uma bateria. Alinhei no gate, porém ainda mais concentrado. Desta vez, me concentrei mais e mais na largada. Pulei do gate bem, vim na reta e acreditava estar entres os cincos. Do meu lado estava o piloto da Yamaha J.Hill, que resolveu não tirar a mão e fui com ele até o último momento. Acabei freiando, pois ele tinha a vantagem na curva. Perdi algumas posições e devo ter saído em 12º ou 13º. Fiz duas ultrapassagens e era o décimo colocado. Eu tinha à minha frente o piloto R. Abrigo, que não vinha na mesma velocidade. Acabei perdendo muito tempo para ultrapassá-lo. Quando consegui fazer, eu vinha 10 segundos atrás do próximo pelotão.
Vim buscando os pilotos que estavam à minha frente. Forcei muito e trouxe junto comigo o piloto oficial da Yamaha S. Hamblin. Não demorou muito e começamos uma briga pela posição, que durou várias voltas. A pressão era grande, ele chegou a me ultrapassar, mas dei o troco na curva seguinte. Foi assim até 25 minutos de prova. Hamblin cometeu um erro ou teve problemas mecânicos e perdeu contato. A esta altura faltavam quatro voltas e comecei a encostar no pelotão da frente. Não demorou muito e comecei a ver o piloto Jeff Alessi. Dei tudo que tinha e vim tirando 1 segundo por volta. Eu sabia que na última volta poderia tentar a ultrapassagem, porém, na penúltima volta vim forçando muito e acabei escorregando em uma das curvas. Por muito pouco não fui parar no chão. Depois disso, respirei fundo e resolvi segurar o resultado. Mesmo assim, cruzei a chegada a menos de 1 segundo dele, em décimo e nono no geral.
Acredito ter sido um excelente fim de semana. Estou feliz com o resultado final, mas sei que tenho que trabalhar mais as largadas. Terei um descanso de duas semanas, onde quero trabalhar duro, pois para as próximas etapas o preparo físico vai mandar muito. As pistas seguintes são de areia e a temperatura vai chegar a quarenta graus. Agradeço muito a Deus por me manter 100% fisicamente e ter a oportunidade de realizar meu sonho em cada etapa disputada. Muito obrigado a vocês que sempre estão na torcida, com pensamentos positivos, orações e muitas mensagens que me dão cada vez mais coragem de seguir acelerando.
Muito obrigado aos meus patrocinadores a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Até a próxima
Balbi
sexta-feira, julho 25, 2008
Entrevista Balbi RacerX TRADUZIDA
Ontem, o site americano Racer X publicou uma entrevista com o Balbi. Todo o conteúdo foi traduzido na íntegra pela assessoria e transcrito abaixo. Aproveitanto a oportunidade, convocamos a todos que queiram perguntar alguma coisa ao Balbi que o façam neste post. Ele irá responder as perguntas e publicá-las aqui no Blog. Não esqueçam de assinar suas perguntas e aproveitem a oportunidade.
Equipe Yes Sports
24/07/2008 - Entrevista a Steve Matthes, original em http://www.racerxill.com/articles/detail/3541/privateer-profile-antonio-balbi.aspx
Perdido entre todo o (merecido) hype dos privados Cody Cooper e Sean Hamblin está o sólido piloto Antônio Balbi, que faz parte da Equipe Moto XXX/Tamer´s. O brasileiro de 26 anos teve uma temporada muito boa no Supercross, onde conseguiu a 5ª colocação no Daytona Supercross. Agora, ele continua em uma fase muito boa, tendo sua melhor temporada também no motocross. Ele é o 12º colocado no AMA Motocross e conseguiu a melhor posição de sua carreira no circuito de Unadilla, com um incrível quinto lugar. Por isso, um Perfil Privado com o “Brazilian Bomber” nos pareceu mais do que apropriado.
Racer X: Balbi, você acaba de conseguir o melhor resultado da sua carreira na temporada outdoor. Pode me contar um pouco da sua temporada
Jorge Balbi: Sim. As coisas finalmente têm dado certo pra mim. Comecei a temporada outdoor 100% e fui muito bem em Glen Helen, mas no fim de semana seguinte, em Hangtown, eu bati e fraturei o meu dedo. Eu não consegui fazer nenhum ponto lá, foi terrível.
No Texas eu comecei a pilotar bem de novo mas, a mudança começou mesmo no Colorado. Eu estava 100% novamente, mas estava largando muito mal. Mas depois que eu comecei a acertar as largadas, tudo tem sido excelente. Em Red Bud, eu deveria ter terminado entre os 10 primeiros nas duas baterias, mas eu bati na primeira bateria quando estava em sexto ou perto disso. Na segunda bateria eu terminei em oitavo e foi ótimo. Em Budds Creek eu fui 11º e ok.
No último final de semana foi minha melhor corrida, na minha pista favorita. Eu não sei o que acontece, mas eu sempre me sinto muito confiante em Unadilla. Quando terminei em 8º na primeira etapa, eu fiquei bem, mas pensei que eu poderia ter feito melhor, entende?
Então quando começou a chover eu fiquei muito feliz. Todo mundo estava ficando desesperado e eu ouvia os pilotos falando entre si que a pista iria ficar horrível, mas eu estava muito feliz dentro do capacete. Eu sei que sempre me dou bem na lama, e acho que a razão é que fico confiante na lama. Eu só me divirto e acho que muito disso é psicológico, quando se trata de lama.
Eu não tive uma ótima largada, fiquei em 12º ou algo do tipo, mas eu disse a mim mesmo que ia ter uma longa corrida e que eu deveria apenas me divertir. Eu não bati durante toda a bateria, continuei ultrapassando os caras e lá pro final eu estava no 5º lugar e o (Tim) Ferry sofreu uma batida faltando duas voltas para o final, e daí eu fiquei em 4º. Foi minha melhor chegada e eu celebrei como se eu tivesse vencido a prova! Eu estava muito feliz.
Racer X: O que há de especial em Unadilla que a faz ser sua pista preferida? Você deve ser o único cara que diz isso.
Balbi: É um circuito muito “natural”. E é isso que o motocross deve ser. Muita terra, subindo e descendo morros. Isso que é motocross. A maioria dos caras cresceu com pistas macias e traçados bem desenhados. Eu cresci treinando no Brasil, onde tem saltos naturais, terra e morros. Eu sou bom nas pistas de alta velocidade e nos morros. Minhas duas pistas favoritas são Unadilla e Glen Helen. Eu não sei bem ao certo porque os caras não gostam!
Racer X: Essa tem sido a sua melhor temporada, tanto no supercross como no motocross. Porque você acha que está sendo assim?
Balbi: Bom, tem várias razões. Primeiro, eu venho treinando por um longo tempo sem nenhuma ajuda, em um estilo totalmente privado. Eu acho que o mais importante tem sido a Moto XXX. Eles têm sido um grande time para mim e me permitem preocupar apenas em treinar e correr. Tem um monte de gente por trás de mim, me ajudando e tentando me fazer melhor cada vez que vou para a pista. Eu nunca tive isso antes. Eu ia dirigindo para as corridas, além disso estava sempre levando meu mecânico nos lugares para pegar equipamento ou fazendo o que eu podia fazer para facilitar as coisas para ele.
Não é que eu não tivesse trabalhado muito antes, mas agora eu estou mais focado na corrida. Eu não tenho uma moto de fábrica ou um salário. Na verdade, eu não recebo nenhum salário, só o pagamento das minhas despesas e um programa de incentivo, mas eu sei que a minha moto vai estar lá em perfeitas condições, com o time todo por trás de mim. Allan Brown tem me dado uma grande ajuda, além disso, ele tem sido um ótimo cara nesse tempo todo que tenho trabalhado com ele. Ele tem estado ao redor por um longo tempo e isso ajuda em tudo. Todas essas coisas tem feito uma diferença pra mim esse ano.
Racer X: Obrigado, Jorge. E eu te vejo esse fim de semana.
Balbi: Eu é que agradeço. Estou muito agradecido a MotoXXX e eu espero trabalhar com eles no próximo ano ou mesmo com uma equipe de fábrica! (risos) Eu quero agradecer ao meu primo, Max Balbi, que é meu mecânico, a Moto XXX e Tamer ,Honda, Akrapovic, Race Tech, Sidi, O’Neal, Scott e também quero agradecer demais ao Ian Martel, por ter me deixado ficar em sua casa esse ano.
Equipe Yes Sports
24/07/2008 - Entrevista a Steve Matthes, original em http://www.racerxill.com/articles/detail/3541/privateer-profile-antonio-balbi.aspx
Perdido entre todo o (merecido) hype dos privados Cody Cooper e Sean Hamblin está o sólido piloto Antônio Balbi, que faz parte da Equipe Moto XXX/Tamer´s. O brasileiro de 26 anos teve uma temporada muito boa no Supercross, onde conseguiu a 5ª colocação no Daytona Supercross. Agora, ele continua em uma fase muito boa, tendo sua melhor temporada também no motocross. Ele é o 12º colocado no AMA Motocross e conseguiu a melhor posição de sua carreira no circuito de Unadilla, com um incrível quinto lugar. Por isso, um Perfil Privado com o “Brazilian Bomber” nos pareceu mais do que apropriado.
Racer X: Balbi, você acaba de conseguir o melhor resultado da sua carreira na temporada outdoor. Pode me contar um pouco da sua temporada
Jorge Balbi: Sim. As coisas finalmente têm dado certo pra mim. Comecei a temporada outdoor 100% e fui muito bem em Glen Helen, mas no fim de semana seguinte, em Hangtown, eu bati e fraturei o meu dedo. Eu não consegui fazer nenhum ponto lá, foi terrível.
No Texas eu comecei a pilotar bem de novo mas, a mudança começou mesmo no Colorado. Eu estava 100% novamente, mas estava largando muito mal. Mas depois que eu comecei a acertar as largadas, tudo tem sido excelente. Em Red Bud, eu deveria ter terminado entre os 10 primeiros nas duas baterias, mas eu bati na primeira bateria quando estava em sexto ou perto disso. Na segunda bateria eu terminei em oitavo e foi ótimo. Em Budds Creek eu fui 11º e ok.
No último final de semana foi minha melhor corrida, na minha pista favorita. Eu não sei o que acontece, mas eu sempre me sinto muito confiante em Unadilla. Quando terminei em 8º na primeira etapa, eu fiquei bem, mas pensei que eu poderia ter feito melhor, entende?
Então quando começou a chover eu fiquei muito feliz. Todo mundo estava ficando desesperado e eu ouvia os pilotos falando entre si que a pista iria ficar horrível, mas eu estava muito feliz dentro do capacete. Eu sei que sempre me dou bem na lama, e acho que a razão é que fico confiante na lama. Eu só me divirto e acho que muito disso é psicológico, quando se trata de lama.
Eu não tive uma ótima largada, fiquei em 12º ou algo do tipo, mas eu disse a mim mesmo que ia ter uma longa corrida e que eu deveria apenas me divertir. Eu não bati durante toda a bateria, continuei ultrapassando os caras e lá pro final eu estava no 5º lugar e o (Tim) Ferry sofreu uma batida faltando duas voltas para o final, e daí eu fiquei em 4º. Foi minha melhor chegada e eu celebrei como se eu tivesse vencido a prova! Eu estava muito feliz.
Racer X: O que há de especial em Unadilla que a faz ser sua pista preferida? Você deve ser o único cara que diz isso.
Balbi: É um circuito muito “natural”. E é isso que o motocross deve ser. Muita terra, subindo e descendo morros. Isso que é motocross. A maioria dos caras cresceu com pistas macias e traçados bem desenhados. Eu cresci treinando no Brasil, onde tem saltos naturais, terra e morros. Eu sou bom nas pistas de alta velocidade e nos morros. Minhas duas pistas favoritas são Unadilla e Glen Helen. Eu não sei bem ao certo porque os caras não gostam!
Racer X: Essa tem sido a sua melhor temporada, tanto no supercross como no motocross. Porque você acha que está sendo assim?
Balbi: Bom, tem várias razões. Primeiro, eu venho treinando por um longo tempo sem nenhuma ajuda, em um estilo totalmente privado. Eu acho que o mais importante tem sido a Moto XXX. Eles têm sido um grande time para mim e me permitem preocupar apenas em treinar e correr. Tem um monte de gente por trás de mim, me ajudando e tentando me fazer melhor cada vez que vou para a pista. Eu nunca tive isso antes. Eu ia dirigindo para as corridas, além disso estava sempre levando meu mecânico nos lugares para pegar equipamento ou fazendo o que eu podia fazer para facilitar as coisas para ele.
Não é que eu não tivesse trabalhado muito antes, mas agora eu estou mais focado na corrida. Eu não tenho uma moto de fábrica ou um salário. Na verdade, eu não recebo nenhum salário, só o pagamento das minhas despesas e um programa de incentivo, mas eu sei que a minha moto vai estar lá em perfeitas condições, com o time todo por trás de mim. Allan Brown tem me dado uma grande ajuda, além disso, ele tem sido um ótimo cara nesse tempo todo que tenho trabalhado com ele. Ele tem estado ao redor por um longo tempo e isso ajuda em tudo. Todas essas coisas tem feito uma diferença pra mim esse ano.
Racer X: Obrigado, Jorge. E eu te vejo esse fim de semana.
Balbi: Eu é que agradeço. Estou muito agradecido a MotoXXX e eu espero trabalhar com eles no próximo ano ou mesmo com uma equipe de fábrica! (risos) Eu quero agradecer ao meu primo, Max Balbi, que é meu mecânico, a Moto XXX e Tamer ,Honda, Akrapovic, Race Tech, Sidi, O’Neal, Scott e também quero agradecer demais ao Ian Martel, por ter me deixado ficar em sua casa esse ano.
quinta-feira, julho 24, 2008
Unadilla - TOP 5
Olá amigos do blog!
Mais do que nunca estou muito feliz em escrever este post e nada melhor que falar de coisas boas. Sei que o resultado a maioria de vocês já sabem, porém, quero mais do que nunca contar todos os detalhes e dividir toda essa alegria e glória com todos vocês, fãs, amigos, patrocinadores e todos os leitores do blog, que sempre torceram e acreditaram em mim. Em especial, a minha família e dos muitos sacrifícios feitos não só por mim, mais também pelo meu pai Balbi, minha mãe Norma e meu primo e mecânico Max. Ah é claro minhas irmãs The e Mari. Tenho muito que agradecer e dedicar essa vitória a Deus, que mais uma vez me permitiu chegar aonde cheguei.
Tive uma semana muito boa antes da corrida, treinei bastante e estava tranqüilo com relação à prova, pois gosto muito da pista de Unadilla. Como em toda semana, falei muito com meus pais antes da prova. Acredito que meu pai Jorge Balbi mesmo distante fisicamente está sempre junto em meus pensamentos. Se existe alguém que toda a vida confiou em mim e até hoje é quem mais confia e acredita esse alguém é meu pai. Muitas vezes acredita mais em mim do que eu mesmo.
Ele me disse esse fim de semana “você vai chegar entre os 5” e por mais que eu sonhe com isso achava que ainda estava distante, mas ao falar com ele fiquei com isso na cabeça. Comecei a lembrar do meu primeiro top 5 no Brasil , que no brasileiro é pódio, e de como tinha sido minha atitude naquele fim de semana, que a muitos anos atrás com apenas 15 anos de idade em uma moto completamente original e velha tinha conseguido subir no pódio na categoria 125cc na frente na dos pilotos oficiais da Honda Brasil.
Lembrei que muitas vezes é preciso confiar. Fiquei com aquele pensamento durante todo fim de semana, confesso que não esperava um top 5, porém, por que não uma sexta ou sétima posição. Entrei muito decidido para todos os treinos. Acabei marcando bons tempos no sábado.
No domingo, levantei sentindo bem e fui para a pista chegando para mais uma corrida. Logo cedo, entramos para o treino, que definiria o grid de largada. A cada corrida que passa, eu vejo o quanto é importante uma boa largada. Forcei muito para obter uma boa volta. A pista estava bem complicada, muito buraco, canaleta e em algumas partes até mesmo um pouco dura e seca. Mas como sempre estava me divertindo, marquei um excelente oitavo tempo, até então, minha melhor posição no gate de largada. Fui para a largada da primeira bateria muito concentrado. Percebi que boa parte dos pilotos tinha mudado de pneu, pois treinamos com pneu de chão macio, porém, boa parte deles mudou para o composto duro, enfim, não dava mais tempo de mudar. Pensei comigo, seja o que Deus quiser.
Fui para a minha posição no gate. Conforme os motores roncavam, maior era a minha adrenalina. Subiu a placa de 15 segundos, logo depois a de 5. Cai o gate, larguei muito bem e após dividir a primeira curva trocando algumas cotoveladas com outros pilotos, eu era o 5º colocado. Logo atrás do piloto da Honda Andrew Short. Imprimi um ritmo alucinante e tentei andar o mais próximo dele possível.
Nas cinco primeiras voltas, até os 10 minutos de prova, eu estava ali em quinto. Comecei a sentir um pouco a prova. Comecei a ter que arriscar muito para andar naquele ritmo, pois não estava tendo dificuldade de manter roda dianteira estável, principalmente nas partes mais duras da pista, com isso T. Ferry se aproximou muito. Ele era todo pressão. Segurei-o como pude, mas ele estava mais rápido e fez a ultrapassagem. Neste momento da prova me travei e meu tempo de volta caiu bastante, com isso o piloto C. Cooper também me superou.
Foi então que cometi um erro e fui para fora da pista perdendo alguns segundos preciosos e, também mais uma posição para o S. Hamblin. Voltei à pista e tentei relaxar. Após duas voltas voltei a virar rápido. Comecei a copiar as linhas do piloto da Yamaha S. Hamblin que estava com um traçado diferente, buscando as parte mais macias da pista. Isso me permitiu melhor tração.
Faltando duas voltas para o fim, coloquei muita pressão em cima de Hamblin. Por muito pouco não consegui a ultrapassagem na última volta.
Fiquei feliz com o resultado após a 1ª bateria. Porém, sabia que com um melhor acerto da moto e mais relaxado talvez pudesse melhorar ainda mais. Depois alguns ajustes, a moto estava pronta, mas faltavam os pneus. Pedi que esperasse até a última hora, pois olhei pro céu e vi o tempo escuro. Parecia que ia chover. Pensei é só o que preciso.
Felizmente, não deu outra. Logo após a largada da Lites começou a chover. Fui para a zona de espera. Foi uma cena muito engraçada, todos os pilotos eufóricos e a maioria reclamando da chuva, já eu estava sorrindo dentro do capacete. Pedia mais e mais chuva.
Tudo pronto e cai o gate. Mais uma vez pulei como uma bala. E no meio da reta vinha muito bem posicionado. Acredito que eu estava em segundo ou terceiro, porém, na disputa da primeira curva acabei me chocando com outro piloto. Segurei firme, mas quando fui dar gás na moto não saí do lugar. Com a batida minha moto caiu para o neutro . Chutei o pedal, mas na largada 1 segundo é muita coisa. Perdi várias posições saindo, acredito que na 12ª colocação. A pista estava bem molhada, em condições bem melhores do que eu esperava antes da prova. Eu havia traçado uma estratégia na minha cabeça, que era de ser muito constante e não cometer erros.
Eu era o 11º colocado e tive que meter a mão. Na primeira volta fiz ultrapassagens importantes, deixando para trás os pilotos J.Morrison, J.Albertsons e J.Carpenter. Eu já era o oitavo colocado. Fui para cima do piloto J.Hill, que estava andando rápido, mas errando muito, o que facilitou muito a minha ultrapassagem. Estava me sentindo muito bem. Eu estava calmo, sabia que a única coisa que não podia fazer era cair ou tirar meus óculos. Sempre mantive uma boa distância dos pilotos a minha frente. Eu estudava um pouco para depois atacar, já que assim evitava me encher de lama e ter problemas com meus óculos.
Depois de algum tempo, encostei no piloto Matt Boni e esperei um erro. Não demorou muito e ele perdeu tempo na canaleta interna de uma das curvas. Eu aproveitei e o passei por fora. Acredito que era a metade da volta e eu era o sexto colocado. Mais uma vez voltei a atacar, pois estava com ótimas linhas. Encostei no piloto A.Short e, na mesma curva em que passei Boni consegui a ultrapassagem em Short.
Aos 20 minutos de prova, eu era o quinto e tinha a minha frente T.Ferry e M.Byrne, porém todos os dois pilotos estavam virando o mesmo tempo de volta que eu. Dai em diante, foi que a prova ficou difícil. Eu não estava cansado, mas estava com muita pressão psicológica. Eu sabia que era o quinto e que queria muito vê a bandeira quadriculada na minha frente. Foram voltas intermináveis. Nunca estive tão concentrado em não errar. Mesmo estando bem propício de isso acontecer.
Finalmente recebi placa de duas voltas e junto com ela um presente. Tim Ferry que vinha a minha frente errou e acabei ganhando mais uma preciosa posição. Ao receber a placa de uma volta mal acreditava. Eu queria muito comemorar. Eu sentia uma explosão de sentimentos, pensamentos e adrenalina. Ao passar pelo pit stop gritei dentro do meu capacete. Celebrei com o meu mecânico Max. Ele estava com uma placa escrita assim: PARABÉNS, VOCÊ MERECE. Pensei comigo, você também merece, Max. Quando completei a prova foi só alegria. Eu comemorava mais que o Bubba, que ganhou a prova. Abracei o Max e foi só festa.
Mais uma vez agradeço a Deus e a todos que me apóiam, quero agradecer ao Maguila que mesmo ai no Brasil sempre está me ajudando e a Dra Regina Maria Dias, médica ortomolecular indicada pelo Maguila. Ela tem me ajudado com a suplementação alimentar. Agradeço a YES SPORTS que há 06 anos nos ajuda em detalhes inimagináveis fora das pistas o que me ajudou muito na profissionalização da minha carreira.
Agora é trabalhar mais duro ainda, já que as corridas não param. Vou me preparar muito bem para repetir o desempenho.
Grande abraço a todos vocês que esperam ansiosamente pelas notícias. Muito obrigado aos meus patrocinadores, pois sem eles o sonho não seria possível. É importante que vocês consumam produtos ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo, pois assim estão ajudando ao desenvolvimento do nosso esporte.
Até a próxima
Balbi
Mais do que nunca estou muito feliz em escrever este post e nada melhor que falar de coisas boas. Sei que o resultado a maioria de vocês já sabem, porém, quero mais do que nunca contar todos os detalhes e dividir toda essa alegria e glória com todos vocês, fãs, amigos, patrocinadores e todos os leitores do blog, que sempre torceram e acreditaram em mim. Em especial, a minha família e dos muitos sacrifícios feitos não só por mim, mais também pelo meu pai Balbi, minha mãe Norma e meu primo e mecânico Max. Ah é claro minhas irmãs The e Mari. Tenho muito que agradecer e dedicar essa vitória a Deus, que mais uma vez me permitiu chegar aonde cheguei.
Tive uma semana muito boa antes da corrida, treinei bastante e estava tranqüilo com relação à prova, pois gosto muito da pista de Unadilla. Como em toda semana, falei muito com meus pais antes da prova. Acredito que meu pai Jorge Balbi mesmo distante fisicamente está sempre junto em meus pensamentos. Se existe alguém que toda a vida confiou em mim e até hoje é quem mais confia e acredita esse alguém é meu pai. Muitas vezes acredita mais em mim do que eu mesmo.
Ele me disse esse fim de semana “você vai chegar entre os 5” e por mais que eu sonhe com isso achava que ainda estava distante, mas ao falar com ele fiquei com isso na cabeça. Comecei a lembrar do meu primeiro top 5 no Brasil , que no brasileiro é pódio, e de como tinha sido minha atitude naquele fim de semana, que a muitos anos atrás com apenas 15 anos de idade em uma moto completamente original e velha tinha conseguido subir no pódio na categoria 125cc na frente na dos pilotos oficiais da Honda Brasil.
Lembrei que muitas vezes é preciso confiar. Fiquei com aquele pensamento durante todo fim de semana, confesso que não esperava um top 5, porém, por que não uma sexta ou sétima posição. Entrei muito decidido para todos os treinos. Acabei marcando bons tempos no sábado.
No domingo, levantei sentindo bem e fui para a pista chegando para mais uma corrida. Logo cedo, entramos para o treino, que definiria o grid de largada. A cada corrida que passa, eu vejo o quanto é importante uma boa largada. Forcei muito para obter uma boa volta. A pista estava bem complicada, muito buraco, canaleta e em algumas partes até mesmo um pouco dura e seca. Mas como sempre estava me divertindo, marquei um excelente oitavo tempo, até então, minha melhor posição no gate de largada. Fui para a largada da primeira bateria muito concentrado. Percebi que boa parte dos pilotos tinha mudado de pneu, pois treinamos com pneu de chão macio, porém, boa parte deles mudou para o composto duro, enfim, não dava mais tempo de mudar. Pensei comigo, seja o que Deus quiser.
Fui para a minha posição no gate. Conforme os motores roncavam, maior era a minha adrenalina. Subiu a placa de 15 segundos, logo depois a de 5. Cai o gate, larguei muito bem e após dividir a primeira curva trocando algumas cotoveladas com outros pilotos, eu era o 5º colocado. Logo atrás do piloto da Honda Andrew Short. Imprimi um ritmo alucinante e tentei andar o mais próximo dele possível.
Nas cinco primeiras voltas, até os 10 minutos de prova, eu estava ali em quinto. Comecei a sentir um pouco a prova. Comecei a ter que arriscar muito para andar naquele ritmo, pois não estava tendo dificuldade de manter roda dianteira estável, principalmente nas partes mais duras da pista, com isso T. Ferry se aproximou muito. Ele era todo pressão. Segurei-o como pude, mas ele estava mais rápido e fez a ultrapassagem. Neste momento da prova me travei e meu tempo de volta caiu bastante, com isso o piloto C. Cooper também me superou.
Foi então que cometi um erro e fui para fora da pista perdendo alguns segundos preciosos e, também mais uma posição para o S. Hamblin. Voltei à pista e tentei relaxar. Após duas voltas voltei a virar rápido. Comecei a copiar as linhas do piloto da Yamaha S. Hamblin que estava com um traçado diferente, buscando as parte mais macias da pista. Isso me permitiu melhor tração.
Faltando duas voltas para o fim, coloquei muita pressão em cima de Hamblin. Por muito pouco não consegui a ultrapassagem na última volta.
Fiquei feliz com o resultado após a 1ª bateria. Porém, sabia que com um melhor acerto da moto e mais relaxado talvez pudesse melhorar ainda mais. Depois alguns ajustes, a moto estava pronta, mas faltavam os pneus. Pedi que esperasse até a última hora, pois olhei pro céu e vi o tempo escuro. Parecia que ia chover. Pensei é só o que preciso.
Felizmente, não deu outra. Logo após a largada da Lites começou a chover. Fui para a zona de espera. Foi uma cena muito engraçada, todos os pilotos eufóricos e a maioria reclamando da chuva, já eu estava sorrindo dentro do capacete. Pedia mais e mais chuva.
Tudo pronto e cai o gate. Mais uma vez pulei como uma bala. E no meio da reta vinha muito bem posicionado. Acredito que eu estava em segundo ou terceiro, porém, na disputa da primeira curva acabei me chocando com outro piloto. Segurei firme, mas quando fui dar gás na moto não saí do lugar. Com a batida minha moto caiu para o neutro . Chutei o pedal, mas na largada 1 segundo é muita coisa. Perdi várias posições saindo, acredito que na 12ª colocação. A pista estava bem molhada, em condições bem melhores do que eu esperava antes da prova. Eu havia traçado uma estratégia na minha cabeça, que era de ser muito constante e não cometer erros.
Eu era o 11º colocado e tive que meter a mão. Na primeira volta fiz ultrapassagens importantes, deixando para trás os pilotos J.Morrison, J.Albertsons e J.Carpenter. Eu já era o oitavo colocado. Fui para cima do piloto J.Hill, que estava andando rápido, mas errando muito, o que facilitou muito a minha ultrapassagem. Estava me sentindo muito bem. Eu estava calmo, sabia que a única coisa que não podia fazer era cair ou tirar meus óculos. Sempre mantive uma boa distância dos pilotos a minha frente. Eu estudava um pouco para depois atacar, já que assim evitava me encher de lama e ter problemas com meus óculos.
Depois de algum tempo, encostei no piloto Matt Boni e esperei um erro. Não demorou muito e ele perdeu tempo na canaleta interna de uma das curvas. Eu aproveitei e o passei por fora. Acredito que era a metade da volta e eu era o sexto colocado. Mais uma vez voltei a atacar, pois estava com ótimas linhas. Encostei no piloto A.Short e, na mesma curva em que passei Boni consegui a ultrapassagem em Short.
Aos 20 minutos de prova, eu era o quinto e tinha a minha frente T.Ferry e M.Byrne, porém todos os dois pilotos estavam virando o mesmo tempo de volta que eu. Dai em diante, foi que a prova ficou difícil. Eu não estava cansado, mas estava com muita pressão psicológica. Eu sabia que era o quinto e que queria muito vê a bandeira quadriculada na minha frente. Foram voltas intermináveis. Nunca estive tão concentrado em não errar. Mesmo estando bem propício de isso acontecer.
Finalmente recebi placa de duas voltas e junto com ela um presente. Tim Ferry que vinha a minha frente errou e acabei ganhando mais uma preciosa posição. Ao receber a placa de uma volta mal acreditava. Eu queria muito comemorar. Eu sentia uma explosão de sentimentos, pensamentos e adrenalina. Ao passar pelo pit stop gritei dentro do meu capacete. Celebrei com o meu mecânico Max. Ele estava com uma placa escrita assim: PARABÉNS, VOCÊ MERECE. Pensei comigo, você também merece, Max. Quando completei a prova foi só alegria. Eu comemorava mais que o Bubba, que ganhou a prova. Abracei o Max e foi só festa.
Mais uma vez agradeço a Deus e a todos que me apóiam, quero agradecer ao Maguila que mesmo ai no Brasil sempre está me ajudando e a Dra Regina Maria Dias, médica ortomolecular indicada pelo Maguila. Ela tem me ajudado com a suplementação alimentar. Agradeço a YES SPORTS que há 06 anos nos ajuda em detalhes inimagináveis fora das pistas o que me ajudou muito na profissionalização da minha carreira.
Agora é trabalhar mais duro ainda, já que as corridas não param. Vou me preparar muito bem para repetir o desempenho.
Grande abraço a todos vocês que esperam ansiosamente pelas notícias. Muito obrigado aos meus patrocinadores, pois sem eles o sonho não seria possível. É importante que vocês consumam produtos ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo, pois assim estão ajudando ao desenvolvimento do nosso esporte.
Até a próxima
Balbi
quinta-feira, julho 17, 2008
Mais uma
Olá amigos do blog!
Esta semana estou atrasado, sem internet e terei que ser bem curto.
No último fim de semana, corri em Maryland na costa leste, a poucas horas de NY onde estou e onde correrei este fim de semana.
Em virtude das distâncias, optei por não voltar para Califórnia e fiquei na casa de um amigo no estado de NY. Estou treinando durante toda a semana e me preparando para mais uma etapa.
Resolvi mandar somente um resumo rápido, mas na próxima semana prometo voltar ao normal (rs...)
Enfim vamos às corridas. A última etapa foi meio diferente das demais e tive dificuldades de me adaptar à pista durante todo o fim de semana. Não estava andando rápido e solto como nas últimas etapas, mas usei meu preparo físico e com uma pilotagem não tão agressiva, mas sem muitos erros, acabei garantindo um bom 12º overall e pontos preciosos para o campeonato.
Acredito ter sido um bom resultado, pois não estava andando o meu melhor e mesmo assim salvei vários pontos e sem arriscar muito.
Já estou 100% focado em Unadilla e com certeza é uma das minhas pistas favoritas. Nos anos anteriores obtive os meus melhores resultados lá. Vamos em frente! Estou confiante e quero me divertir bastante.
Agradeço a Deus por me manter sem 100% fisicamente e também aos meus patrocinadores ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Agradeço a todos vocês que estão sempre acompanhando as corridas, um grande abraço a todos! Acreditem nos seus sonhos!!!
Esta semana estou atrasado, sem internet e terei que ser bem curto.
No último fim de semana, corri em Maryland na costa leste, a poucas horas de NY onde estou e onde correrei este fim de semana.
Em virtude das distâncias, optei por não voltar para Califórnia e fiquei na casa de um amigo no estado de NY. Estou treinando durante toda a semana e me preparando para mais uma etapa.
Resolvi mandar somente um resumo rápido, mas na próxima semana prometo voltar ao normal (rs...)
Enfim vamos às corridas. A última etapa foi meio diferente das demais e tive dificuldades de me adaptar à pista durante todo o fim de semana. Não estava andando rápido e solto como nas últimas etapas, mas usei meu preparo físico e com uma pilotagem não tão agressiva, mas sem muitos erros, acabei garantindo um bom 12º overall e pontos preciosos para o campeonato.
Acredito ter sido um bom resultado, pois não estava andando o meu melhor e mesmo assim salvei vários pontos e sem arriscar muito.
Já estou 100% focado em Unadilla e com certeza é uma das minhas pistas favoritas. Nos anos anteriores obtive os meus melhores resultados lá. Vamos em frente! Estou confiante e quero me divertir bastante.
Agradeço a Deus por me manter sem 100% fisicamente e também aos meus patrocinadores ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Agradeço a todos vocês que estão sempre acompanhando as corridas, um grande abraço a todos! Acreditem nos seus sonhos!!!
quinta-feira, julho 10, 2008
6a. etapa
Olá amigos do blog,
Tudo bom com vocês?
Esse fim de semana que passou corri mais uma etapa do AMA Motocross, em Buchanan. Ela marca exatamente a metade do campeonato. Essa etapa foi muito positiva para mim. Conquistei o meu melhor resultado em baterias. Posso dizer a vocês que como tudo na vida, esse resultado não foi nada fácil.
A minha semana que antecedeu a prova foi muito boa. Pela primeira vez antes de uma prova me sentia 100% fisicamente, mentalmente e tecnicamente. Agora, eu acredito estar em minha melhor forma. O tombo e a lesão na mão me complicaram um pouco. Os treinos e a minha confiança não estavam como antes. É muito bom chegar a metade do campeonato mais disputado do mundo, com muita confiança e me sentindo cada vez melhor. Agradeço muito a Deus por essa oportunidade de correr no AMA.
Então, vamos falar da prova. No sábado, andei muito bem e nas duas seções de treinos estive entre os top10. Sem mesmo precisar de força. Dormi muito bem e entrei mais uma vez na pista do domingo de manha. Eu estava me divertindo, porém, as coisas complicaram um pouco e acabei levanto um tombo muito forte. Felizmente para mim foi apenas um susto, mas a minha moto ficou destruída. Essa queda não me deixou fazer uma volta rápida. Acabei ficando com um lugar razoável no gate. Mais uma vez agradeço ao meu mecânico Max. Antes da prova ele teve muito trabalho para refazer a minha moto. Ele trocou guidão, radiador, manetes e etc. Primeira bateria Antes da prova eu estava falando com meu chefe de equipe. Comentei com ele que mal podia esperar por uma boa largada. Eu estava muito confiante que iria conseguir largar bem. Caso isso acontecesse, eu teria condições de acompanhar os ponteiros por algumas voltas e ver as linhas deles. Eu acreditava muito que eu podia terminar a prova em oitavo, sétimo ou talvez um sexto lugar. Nunca se sabe né?!
Foi o que fiz, na verdade, o que quase fiz. Pulei muito bem do gate e após uma eletrizante primeira volta, eu era o sexto colocado. Eu estava atrás de T. Ferry. Procurei me concentrar muito. Não queria deixá-lo escapar, pois ele sempre tem linhas agressivas e inteligentes. Fiz tudo certo e me mantive na cola dele por duas voltas. Ele acabou caindo e assim fui para a quinta colocação. Com o tombo de Tim Ferry, acabei perdendo um pouco da referencia do pelotão da frente. Tive que manter meu ritmo forte, pois atrás de mim tinha muita gente boa. Aos 15 minutos de prova, o meu mecânico Max me deu a placa de quinto lugar.
Já era a metade da prova. Consegui manter um ritmo bom e o único piloto que estava colado em mim era o N. Wey, que por sinal vinha em um fim de semana inspirado, já que corria em casa. Aos 18 minutos, N.Wey acabou me passando. Tentei tirar proveito disso, pensei comigo. Vou na balada dele que assim fujo dos pilotos que vêem atrás de mim.
Vinte minutos de prova, estava tudo sobre controle. Copiei as linhas do Wey e voltei a virar rápido, porém, a pista estava muito técnica. O que acabou levando muita gente a conhecer o gostinho da terra. Eu acreditava estar tudo sobre controle, mas em fração de segundos minha moto saiu de traseira. Acabei levando um mega tombo. Levantei rápido, mas acabei perdendo várias posições. A minha vontade na hora era chorar. Mas não deixei isso me abalar e voltei a andar forte.
Fui pra cima para tentar diminuir o prejuízo. Voltei para a prova na décima sétima colocação e logo fui me recuperando aos poucos. Eu já era o 13 colocado e, ao tentar passar o piloto B. Laninovich acabei tendo um azar. Ao tentar uma ultrapassagem, a moto de Laninovich arremessou uma pedra gigante, que acabou acertando em cheio o meus óculos. Confesso a vocês que parecia ter tomado um tiro. Perdi completamente a noção. Tava parecendo desenho animado, só via estrelas e sangue. Não ia ser uma pedra gigante que acertou minha cabeça que ia me tirar da prova. Fui em frente e me segurei como pude. Acabei tomando a bandeirada em 14º lugar.
A força da pedra acabou quebrando a lente do meu óculos e, ainda acertou meu rosto, deixando com um super olho roxo e ainda tive que tomar quatro pontos. Fui liberado pelo médico rapidamente. Eu estava muito triste e não me sentia nada bem para a segunda bateria. Mas Deus é muito bom pra mim. Quando caiu o gate, eu já não lembrava de mais nada, apenas queria buscar o resultado que escapou na primeira bateria. Não larguei tão bem quanto na 1ª bateria. Passei em 15º na primeira curva. No fim da volta já era o 11º colocado. Imprimi um bom ritmo e travei uma briga muito boa com o piloto J. Hill. Trocamos de posições várias vezes. Isso me ajudou muito, pois ele estava com linhas muito boas.
No meio da prova, Hill caiu e deixou a pista livre para que eu pudesse acelerar. Eu era o décimo colocado e tinha dois pilotos, J. Alessi e J.Albertson, à oito segundos na minha frente. Tentei acelerar ao máximo. Faltando 4 voltas para acabar a prova, consegui ultrapassar o Alberton e, na volta seguida passei o Jeff, que como sempre me deu muito trabalho.
Fim de prova. Mal podia acreditar que cheguei em oitavo. Foi sofrido mais valeu a pena. Nada melhor que voltar para casa com um resultado positivo. Agradeço muito a Deus por me proteger e me manter firme na luta com saúde e cada vez mais motivado a correr.Já não vejo a hora de entrar na pista para 7ª etapa!Agradeço a vocês que sempre estão comigo, não importando o resultado e aos meus patrocinadores a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Valeu e até a próxima
Tudo bom com vocês?
Esse fim de semana que passou corri mais uma etapa do AMA Motocross, em Buchanan. Ela marca exatamente a metade do campeonato. Essa etapa foi muito positiva para mim. Conquistei o meu melhor resultado em baterias. Posso dizer a vocês que como tudo na vida, esse resultado não foi nada fácil.
A minha semana que antecedeu a prova foi muito boa. Pela primeira vez antes de uma prova me sentia 100% fisicamente, mentalmente e tecnicamente. Agora, eu acredito estar em minha melhor forma. O tombo e a lesão na mão me complicaram um pouco. Os treinos e a minha confiança não estavam como antes. É muito bom chegar a metade do campeonato mais disputado do mundo, com muita confiança e me sentindo cada vez melhor. Agradeço muito a Deus por essa oportunidade de correr no AMA.
Então, vamos falar da prova. No sábado, andei muito bem e nas duas seções de treinos estive entre os top10. Sem mesmo precisar de força. Dormi muito bem e entrei mais uma vez na pista do domingo de manha. Eu estava me divertindo, porém, as coisas complicaram um pouco e acabei levanto um tombo muito forte. Felizmente para mim foi apenas um susto, mas a minha moto ficou destruída. Essa queda não me deixou fazer uma volta rápida. Acabei ficando com um lugar razoável no gate. Mais uma vez agradeço ao meu mecânico Max. Antes da prova ele teve muito trabalho para refazer a minha moto. Ele trocou guidão, radiador, manetes e etc. Primeira bateria Antes da prova eu estava falando com meu chefe de equipe. Comentei com ele que mal podia esperar por uma boa largada. Eu estava muito confiante que iria conseguir largar bem. Caso isso acontecesse, eu teria condições de acompanhar os ponteiros por algumas voltas e ver as linhas deles. Eu acreditava muito que eu podia terminar a prova em oitavo, sétimo ou talvez um sexto lugar. Nunca se sabe né?!
Foi o que fiz, na verdade, o que quase fiz. Pulei muito bem do gate e após uma eletrizante primeira volta, eu era o sexto colocado. Eu estava atrás de T. Ferry. Procurei me concentrar muito. Não queria deixá-lo escapar, pois ele sempre tem linhas agressivas e inteligentes. Fiz tudo certo e me mantive na cola dele por duas voltas. Ele acabou caindo e assim fui para a quinta colocação. Com o tombo de Tim Ferry, acabei perdendo um pouco da referencia do pelotão da frente. Tive que manter meu ritmo forte, pois atrás de mim tinha muita gente boa. Aos 15 minutos de prova, o meu mecânico Max me deu a placa de quinto lugar.
Já era a metade da prova. Consegui manter um ritmo bom e o único piloto que estava colado em mim era o N. Wey, que por sinal vinha em um fim de semana inspirado, já que corria em casa. Aos 18 minutos, N.Wey acabou me passando. Tentei tirar proveito disso, pensei comigo. Vou na balada dele que assim fujo dos pilotos que vêem atrás de mim.
Vinte minutos de prova, estava tudo sobre controle. Copiei as linhas do Wey e voltei a virar rápido, porém, a pista estava muito técnica. O que acabou levando muita gente a conhecer o gostinho da terra. Eu acreditava estar tudo sobre controle, mas em fração de segundos minha moto saiu de traseira. Acabei levando um mega tombo. Levantei rápido, mas acabei perdendo várias posições. A minha vontade na hora era chorar. Mas não deixei isso me abalar e voltei a andar forte.
Fui pra cima para tentar diminuir o prejuízo. Voltei para a prova na décima sétima colocação e logo fui me recuperando aos poucos. Eu já era o 13 colocado e, ao tentar passar o piloto B. Laninovich acabei tendo um azar. Ao tentar uma ultrapassagem, a moto de Laninovich arremessou uma pedra gigante, que acabou acertando em cheio o meus óculos. Confesso a vocês que parecia ter tomado um tiro. Perdi completamente a noção. Tava parecendo desenho animado, só via estrelas e sangue. Não ia ser uma pedra gigante que acertou minha cabeça que ia me tirar da prova. Fui em frente e me segurei como pude. Acabei tomando a bandeirada em 14º lugar.
A força da pedra acabou quebrando a lente do meu óculos e, ainda acertou meu rosto, deixando com um super olho roxo e ainda tive que tomar quatro pontos. Fui liberado pelo médico rapidamente. Eu estava muito triste e não me sentia nada bem para a segunda bateria. Mas Deus é muito bom pra mim. Quando caiu o gate, eu já não lembrava de mais nada, apenas queria buscar o resultado que escapou na primeira bateria. Não larguei tão bem quanto na 1ª bateria. Passei em 15º na primeira curva. No fim da volta já era o 11º colocado. Imprimi um bom ritmo e travei uma briga muito boa com o piloto J. Hill. Trocamos de posições várias vezes. Isso me ajudou muito, pois ele estava com linhas muito boas.
No meio da prova, Hill caiu e deixou a pista livre para que eu pudesse acelerar. Eu era o décimo colocado e tinha dois pilotos, J. Alessi e J.Albertson, à oito segundos na minha frente. Tentei acelerar ao máximo. Faltando 4 voltas para acabar a prova, consegui ultrapassar o Alberton e, na volta seguida passei o Jeff, que como sempre me deu muito trabalho.
Fim de prova. Mal podia acreditar que cheguei em oitavo. Foi sofrido mais valeu a pena. Nada melhor que voltar para casa com um resultado positivo. Agradeço muito a Deus por me proteger e me manter firme na luta com saúde e cada vez mais motivado a correr.Já não vejo a hora de entrar na pista para 7ª etapa!Agradeço a vocês que sempre estão comigo, não importando o resultado e aos meus patrocinadores a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Valeu e até a próxima
terça-feira, julho 01, 2008
5ª etapa
Olá amigos do blog,
Tudo bom com vocês?
Mais um fim de semana passou e mais etapa do AMA Motocross aconteceu. Para mim não foi apenas uma etapa qualquer. Foi a primeira prova noturna no AMA Motocross. Sem sombra de dúvidas considero essa uma das melhores corridas minhas, mas não a com melhor resultado. Andei muito forte e estou muito feliz com isso.
Tudo bom com vocês?
Mais um fim de semana passou e mais etapa do AMA Motocross aconteceu. Para mim não foi apenas uma etapa qualquer. Foi a primeira prova noturna no AMA Motocross. Sem sombra de dúvidas considero essa uma das melhores corridas minhas, mas não a com melhor resultado. Andei muito forte e estou muito feliz com isso.
O meu fim de semana começou muito bem. Fui para os treinos classificatórios, que em especial nessa etapa foram na sexta-feira, no finalzinho da tarde. Entrei na pista com uma atitude um pouco diferente. Eu estava muito concentrando com a intenção principal de me divertir. Acho que consegui. Andei muito solto e estava me divertindo muito na pista. Os meus tempos vieram naturalmente. Classifiquei muito bem.
No sábado, fui para a pista pela última vez antes das baterias finais. Mais uma vez estava me sentindo muito confortável e confiante. Minha moto estava muito bem acertada. Marquei o nono melhor tempo, isso me dava muita confiança para as baterias finais.
O sol foi sumindo e a hora da largada chegou. Eu sabia que uma boa largada iria me ajudar muito, porém, infelizmente, no meio da reta me embolei entre dois pilotos e levei a pior. Lá estava eu, sentindo gosto da terra na boca e levantando minha moto na última colocação.
Confesso que ficar em último é uma sensação horrível. O pior de tudo é saber que tem 39 motos na sua frente. Bati a poeira da minha roupa, levantei a cabeça e alinhei a frente da moto. Saí em busca das posições perdidas. Meu ritmo era tão alucinante que meu mecânico Max não conseguia acompanhar. Cada volta que cruzava eu estava em uma posição diferente.
No meio da prova, quando já era o 20º colocado, um piloto acabou caindo na minha frente me fazendo perder bastante tempo e duas importantes colocações, tive que parar minha moto para não cair junto. A vontade era tanta que não percebi a prova passar, só pensava em recuperar as posições. Quando assustei faltava apenas duas voltas. Fui em frente e na última volta ganhei mais uma posição. Terminei com a 17ª colocação. Pra quem chegou estar em último foi uma boa recuperação. Só senti o cansaço da prova após a bandeirada de chegada.
Confesso que ficar em último é uma sensação horrível. O pior de tudo é saber que tem 39 motos na sua frente. Bati a poeira da minha roupa, levantei a cabeça e alinhei a frente da moto. Saí em busca das posições perdidas. Meu ritmo era tão alucinante que meu mecânico Max não conseguia acompanhar. Cada volta que cruzava eu estava em uma posição diferente.
No meio da prova, quando já era o 20º colocado, um piloto acabou caindo na minha frente me fazendo perder bastante tempo e duas importantes colocações, tive que parar minha moto para não cair junto. A vontade era tanta que não percebi a prova passar, só pensava em recuperar as posições. Quando assustei faltava apenas duas voltas. Fui em frente e na última volta ganhei mais uma posição. Terminei com a 17ª colocação. Pra quem chegou estar em último foi uma boa recuperação. Só senti o cansaço da prova após a bandeirada de chegada.
Fui para segunda bateria sabendo que velocidade eu tinha e, que precisava de uma boa largada para conseguir um bom resultado. Vocês não vão acreditar. Escolhi o melhor lugar do gate. Eu estava do lado de nada mais nada menos que J. Stewart. Não adiantou nada. Fiz uma péssima largada, uma das piores de toda a minha carreira. Acabei passando no sensor de largada no fim da primeira curva na 38ª colocação.Podem ficar calmos, o melhor ainda estava por vim. Essa péssima largada me fez descontar a raiva e a vontade no acelerador. Com certeza fiz a melhor primeira volta da minha vida. Eu estava na 38ª colocação no fim da primeira curva e acabei cruzando a primeira volta na 20 posição. Nem eu acreditei quando vi. Ah não me perguntem como fiz isso, pois não tenho explicação nenhuma.
Enfim, vamos ao que interessa. Vim em um ritmo muito forte e a cada volta me recuperava. Confesso que a cada ultrapassagem eu me divertia muito. Pena que não dá pra ver, mas dentro do capacete parecia que eu tinha sido campeão. Mal acabava de fazer a ultrapassagem e já olhava para frente para ver quem era o próximo concorrente.
Enfim, vamos ao que interessa. Vim em um ritmo muito forte e a cada volta me recuperava. Confesso que a cada ultrapassagem eu me divertia muito. Pena que não dá pra ver, mas dentro do capacete parecia que eu tinha sido campeão. Mal acabava de fazer a ultrapassagem e já olhava para frente para ver quem era o próximo concorrente.
Aos 20 minutos de prova, eu já era o 12º colocado, porém tinha quase 10 segundos de diferença para o próximo pelotão, que eram os pilotos Jeff Alessi e Nick Wey. Dei tudo que tinha e vim tirando a diferença. A três voltas do fim estava na cola do Alessi, que me deu muito trabalho por sinal, porém, consegui a ultrapassagem. Faltando uma volta para o fim da corrida fui para cima do N. Wey. No finalzinho quando encostei nele a gente cruzou a linha de chegada. Por muito pouco não terminei entre os top 10. Acabei cruzando na 11ª colocação.
Fui aos Box e confesso a vocês, estava e ainda estou muito feliz com a minha corrida. Essa foi com certeza a minha melhor corrida do ano, é claro tirando Daytona. Não foi o meu melhor resultado até agora, mas foi com certeza a corrida onde mais andei. Tenho certeza que quando eu acertar minhas largadas os resultados melhorarão muito.
No fim da noite, eu já estava arrumando as malas para ir pro hotel. Recebi a noticia que a AMA havia me escolhido para receber o premio "the Ricky Carmichael Hard Charger Award", prêmio esse que é dado ao piloto que fez a melhor prova de recuperação no fim de semana. Fiquei muito honrado e feliz pelo reconhecimento que foi me dado. Até agora somente pilotos de muito nome como Trey Canard na primeira e segunda etapa, Timmy Ferry na terceira, Joshua Hill na quarta e Antonio Balbi na quinta receberam esse prêmio.
Prometo a vocês que postarei uma foto com o troféu na semana que vem.Finalmente quero terminar agradecendo a Deus acima de tudo por me dar saúde e oportunidade de realizar todas as coisas que tenho conseguido até hoje.Agradeço demais também a torcida e o carinho de todos vocês que estão sempre ligados aqui me dando muita forca. Obrigado aos meus patrocinadores, porque sem eles o sonho não seria possível. Obrigado a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Valeu e até semana que vem
Valeu e até semana que vem