quarta-feira, agosto 27, 2008

 

Southwick




Olá amigos do blog,

Tudo bom com vocês?

Nesse fim de semana que passou corri a 11ª etapa do AMA Motocross. Essa foi a pista mais difícil do campeonato. Southwick tem uma pista inteira de areia, isso a torna muito técnica.

Essa corrida foi muito complicada. A categoria está cada vez mais disputada, já que nessa prova vários pilotos voltaram e alguns subiram de categoria no meio do campeonato. Sem falar ainda que o especialista em areia, o piloto M. De Reuver, também estava nessa prova. De Reuver corre o mundial de MX e veio para corre somente essa etapa.



Fui para a corrida com uma atitude muito positiva e claro muito disposto a acelerar forte. Isso é uma obrigação minha, já que o melhor que posso fazer nessas últimas etapas é andar rápido e marca pontos importantes.

Nos treinos de sábado, andei bem, mas confesso que tive um pouco de dificuldade com a areia. Essa era minha primeira oportunidade de treinar nesse tipo de pista. Lá na Califórnia não existe esse terreno. Concentrei muito e aos poucos fui me adaptando ao estilo de pilotagem que teria que fazer. No último treino antes da largada, eu estava virando tempos entre os top 10.

Fui percebendo que pilotar na areia não muda só a pilotagem, mas também acaba exigindo mais do preparo físico. Eu sabia que o preparo ia contar muito para a segunda bateria.

Tudo pronto. Caiu o gate. Até que em fim, consegui uma boa largada. Vinha praticamente sozinho, porém, me empolguei muito e retardei a freiada. Acabei perdendo algumas posições, mas mesmo assim cruzei a primeira volta na 6ª colocação. Daí em diante foi uma prova eletrizante. Acelerei forte, estava com um ótimo ritmo de corrida, mas cometi um erro na 5ª volta. Acabei perdendo várias posições. Uma delas para o J. Dowd. Com ele a minha frente, fui copiando as linhas, já que a pista era o “quintal” da casa dele. Fiz uma prova muito boa e não demorou muito para chegar no piloto da Honda, I. Tedesco. Fiquei surpreso pela velocidade que estava e também pela maneira que consegui ultrapassa-lo, sem dificuldades, mas com muita concentração e determinação.




No final da prova, eu sofri uma pressão muito forte do piloto oficial da Suzuki, M. Byrne, porém, consegui resistir e terminei a prova numa excelente 10ª colocação. Fiquei muito feliz com o resultado, pois deixei para trás alguns importantes pilotos de fábrica. Entre eles: M. Byrne, N. Wey e também B. Hepler, que não tinha me deixado nada feliz na etapa anterior.


Eu estava consciente que na segunda bateria muita gente iria perder rendimento, pois ao final da primeira vi vários pilotos reclamando de cansaço. Confesso que me sentia muito bem.

Fui para a segunda bateria sabendo que mais uma boa largada poderia melhorar ainda mais meu resultado. Fui para o gate muito tranqüilo e disposto a dar sangue na pista.

Caiu o gate e fui com tudo para a primeira curva, porém, um efeito dominó aconteceu. Foi todo mundo caindo e adivinha quem estava lá no meio? É brincadeira viu, acabou que eu fui parar no chão. Ao pegar minha moto vi que a situação não era boa, ela estava destruída, já que algumas motos passaram em cima dela.

Tive que empurrar até o pit-stop, pois meu acelerador estava travado. Perdi muito tempo resolvendo esse problema. Quando voltei estava uma volta atrás, mas mesmo assim não desisti. Procurei tirar o prejuízo. Vinha acelerando forte e voltei a ter problemas com o acelerador da moto. Tive que abandonar.

Fiquei muito triste com o que aconteceu e ainda tive que assistir a segunda bateria. Mas até que não foi de todo mal. Fiz uma reflexão e me lembrei que dei o meu melhor. Além disso, das quatro largadas do domingo, três delas aconteceram acidentes.



Que venha a grande final. Agora minhas chances de terminar entre os 10 melhores são remotas, ou seja, vou para a última prova com o intuito de fazer um bom resultado. Não vou me preocupar com o campeonato. Quem sabe sem pressão vou me divertir mais e acabo conseguindo um excelente resultado? Gostaria de fechar essa temporada com chave de ouro. Espero que torçam por mim hein? Conto com o apoio de todos.

Agradeço muito a Deus, pois cheguei até aqui com muita saúde e 100% fisicamente. Quero agradecer também os meus patrocinadores ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo por me darem a oportunidade de competir aqui nos Estados Unidos. Estou morrendo de saudade do Brasil. Falta pouco para voltar e correr o Campeonato Brasileiro de Supercross.
Abraços e até breve.

Balbi

quinta-feira, agosto 21, 2008

 

De volta ao AMA Motocross

Olá amigos do blog,

Tudo bom com vocês?

Este fim de semana corri mais uma etapa do AMA Motocross. Essa etapa teve pontos altos e baixos. Felizmente sigo firme na luta!

Como eu disse antes, trabalhei muito duro para essa etapa. Eu queria muito sair com um resultado positivo. O fim de semana começou bem e já no sábado me sentia muito confortável. Fiz bons tempos e procurei perder tempo em um melhor acerto da minha moto. A pista era muito arenosa e eu sabia que na hora da corrida os buracos seriam gigantes.

Fui para o hotel e descansei. Vim preparado para o domingo, pois sabia que a disputa seria mais forte do que nas outras etapas. Alguns pilotos que estavam machucados retornavam e também teria a estréia de vários pilotos amadores que terminaram o Campeonato Nacional Amador. Treinei bem no domingo, mas não consegui fazer uma volta muito rápida como eu estava fazendo nas últimas corridas. Fui para o gate com tempo entre os top15

Primeira bateria

Fui para o gate e procurei fazer uma boa largada. Acabou dando tudo certo e fechei a primeira volta na nona colocação. Eu estava bem próximo do pelotão da frente, mas não estava conseguindo me encontrar. Acabei perdendo contato com os lideres, porém, na metade da prova voltei a andar mais rápido. Logo logo, fui encostando no piloto que estava minha frente, que era Jeff Alessi.

Aos 20 minutos de prova, coloquei toda pressão possível no Jeff, mas acabei cometendo um erro na seção de costelas. Acabei vindo muito forte e por muito, mas muito pouco eu não consegui ficar em pé em cima da moto. Perdi muito tempo, pois saí da pista e não só perdi contado com Jeff Alessi mais também perdi a posição para Nick Wey. Dei uma volta mais lenta e voltei atacar. Eu e Nick estávamos inteiros no fim da prova. Acabou que aproximamos muito do pelotão da frente, onde se encontravam vários pilotos. Acabei cruzando a linha com uma boa 11 posição.

Fui para os boxes e estava satisfeito com meu rendimento. Fiz uma boa prova e acabei marcando pontos importantes. Além disso, terminei na frente do Sean Hamblin, que disputa comigo por posições no resultado geral do campeonato. Pensei bem e sabia que poderia buscar um resultado ainda melhor na segunda bateria. Eu estava inteiro fisicamente e iria gastar tudo na última bateria.

Segunda bateria

Fui para o gate. Não demorou muito e largamos. Já na primeira curva vários pilotos caíram e adivinha quem estava no meio deles? EU

Felizmente minha moto não apagou e rapidamente voltei para a prova. Acredito ter saído em 32º, somente na frente dos pilotos que caíram. Não demorou muito e comecei a fazer uma excelente recuperação. Forçava por dentro, por fora e atrasava ao máximo as freadas. Na metade da prova, eu já ocupava a 12ª colocação. Eu tinha a minha frente vários pilotos que eu tinha chances de superar.

Foi então que comecei a disputar posição com o piloto da Yamaha, Broc Hepler. No fim da reta de largada consegui a ultrapassagem por fora, porém não esperava pelo pior. Em uma reta antes dos pulos, ele tentou dar o troco e de uma forma estúpida acabou acertando em cheio minha moto. No final das contas, ele quebrou a carcaça do motor da minha moto e vários raios da roda dianteira. Fui forçado a abandonar a prova.

Voltei para os boxes muito revoltado e também triste, pois já não zerava uma bateria a muito tempo. Eu estava fazendo tudo certo para terminar entre os top 10. Após a minha prova, o chefe de equipe da Yamaha e também o piloto Brec Hepler tiveram uma linda atitude. Vieram até a minha equipe para se desculpar. Achei isso bacana da parte deles, porém meus pontos não voltavam. Enfim, isso é coisa de corrida. Sei que as vezes pode até acontecer.

Confio em Deus e agradeço muito, pois se Hepler tivesse acertado a minha perna e não a moto, poderia ter sido muito pior. Agora eu sei que vou ter que acelerar muito forte nas duas últimas provas. Estou fazendo minha parte e estou focado, sempre dando o meu melhor. Muita coisa boa ainda pode acontecer. Se Deus quiser ainda vai acontecer.

Vamos em frente

Agradeço a Deus por me dar saúde e motivação para seguir em frente cada vez mais forte e também aos meus patrocinadores ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo

terça-feira, agosto 12, 2008

 

Conforme prometido...

Deives, Porto Alegre - RS
Para 2009, você continua na MotoXXX ou tem alguma negociação?
Vinni – Jundiaí - SP
Já houve contato com alguma outra equipe para a próxima temporada?


Tenho um compromisso com a equipe até o fim do ano, mas é claro que a Moto XXX foi a equipe que acreditou em mim e me deu oportunidade de crescer. Estamos em negociação, onde existe a possibilidade de correr para a MotoXXX e também outras equipes, porém, a situação econômica dos Estados Unidos não está muito boa, isso afeta muito o orçamentos de todas as equipes. Até o momento não tem nada definido. Estou focado o máximo nos meus treinos e nas três corridas que faltam, pois com resultados melhores facilitariam ainda mais as coisas. Só Deus sabe! Eu vou trabalhar com certeza cada vez mais.

Alexandre, Cajanti – SP
Você disse que se aparecer uma transferência para uma equipe oficial iria tratar com naturalidade. Você já traçou alguma estratégia para que isso acontecesse?

Sim. Trabalho é a principal estratégia. Somente os meus resultados podem me levar a isto, portanto, trabalho duro e treino com dedicação e muito afinco. Acredito no potencial do Brasil. Acredito nos meus sonhos e de todos os brasileiros. Acredito na minha família e fomos criados para dar o melhor de nós. Quem diria que um dia nós, brasileiros, iríamos ter resultados do nível que já consegui. Sou um sonhador que vive em função de realizar esses sonhos. Vou trabalhar duro como sempre trabalhei e acredito que se tiver que ser, será!

Hamilton
Você tem esperança de ter uma moto oficial até o fim desta temporada?

Então, na verdade poderia ter acontecido. A equipe oficial Honda tinha uma vaga aberta. Cheguei a ser consultado para fazer um teste, porém, como sou o único piloto da minha equipe no momento, caso eu fosse para a Honda eles ficaram sem piloto até o fim da temporada. Por causa disso, tanto a minha equipe como a Honda me deixaram de fora dos testes, onde participaram os pilotos Jeff Alessi e Jimi Albertsons. Quem ficou com a vaga foi Albertsons.
Essa seria uma oportunidade incrível, mas mesmo assim fico feliz de saber que já fui contatado. Prefiro sonhar com estas possibilidades no futuro

Getulio – Belo Horizonte - MG
Porque os patrocinadores brasileiros não apareram nas listas dos seus patrocinadores da entrevista da RacerX? É questão contratual? Porque a ASW te patrocina se você usa O´neal? Porque ainda não existe uma equipe oficial brasileira aí nos Estados Unidos?

Bom, os patrocinadores que aparecem nas listas aqui dos EUA, são os patrocinadores da minha equipe americana. Ali, quem define quem vai aparecer ou não é a equipe. A ASW me patrocina porque há mais de dez anos eles acreditam no meu trabalho e são responsáveis, junto com outras pessoas, me apoiarem a chegar onde cheguei. Aqui o País está em uma recessão muito grande, isso tem aberto muitas portas aos investidores internacionais. Essa seria com certeza a hora ideal de iniciar uma equipe brasileira. Acredito ser uma ótima oportunidade de negócios para a indústria brasileira investir e crescer aqui. Fica ai o convite aos investidores brasileiros.


Martinho
Esta semana os Estados Unidos divulgou a lista do Nações. Você tem alguma novidade para contar?


Acho que a novidade todos já sabem. O Brasil estará pela segunda vez consecutiva presente no MX das Nações. Acredito que estamos mais maduros e podemos obter um resultado melhor ainda este ano. Confesso que essa é uma prova de muito valor para o Motocross no mundo inteiro. Estou muito orgulhoso e feliz de representar o Brasil mais uma vez.

Fernando Sarapui
O que você acha do nível das pistas brasileiras?E quais as principais diferenças delas pra essas que você tá andando?
Você acha que já ta na hora de um piloto brasileiro correr ai com você nos Estados Unidos?

A diferença é imensa. Enquanto no Brasil eles ficam pensando em arrumar a pista toda para tornar mais seguro, aqui eles só pensam em torná-la mais esburacada macia, isso deixa a pista mais técnica. No Brasil, as pistas são lisas e por conseqüentes velozes, o que deixa mais perigoso. Aqui existem mais variações de traçados e muitos obstáculos naturais e artificiais. Pista difícil diminui a velocidade, então quando acontecem acidentes o risco é menor.
Os pilotos que pensam em encarar a vida aqui têm que estar disposto a passar por um período de adaptação pesado. Muito treino, pouca folga, concentração total, humildade para aprender as novas técnicas e começar tudo do zero. Porém, acredito que temos pilotos com talento suficiente para isso.


Djomis Prado – Santa Catarina
Em 2009, você vai ter alguma facilidade em equipamentos e patrocínio?

Bem, espero que sim, pois estou trabalhando muito este ano e espero ter uma condição ainda melhor na próxima temporada. Pois assim fica mais fácil de conquistar bons resultados.

Cláudio da Matta – Sete Lagoas - MG
Hoje, você tem algum suporte financeiro da Honda Brasil que o obrigue a tentar um contrato para ano que vem somente com esta fábrica?
Tem a possibilidade de correr de Yamaha, Kawasaki ou Suzuki ??

Hoje, não tenho nenhum suporte financeiro da Honda Brasil. Ano que vem posso fechar com qualquer marca, mas gosto da Honda, já que venho correndo com essa marca há algum tempo. Para a próxima temporada está tudo em aberto.

Leandro Brissa
Você já teve oportunidade de andar em alguma moto de fabrica ai nos Estados Unidos? Se teve quais foram as principais mudanças?
Gostaria de saber também se você ainda corre alguma corrida aqui no Brasil?


Nunca pilotei uma moto de fábrica, mas sou amigo de outros pilotos que tiveram ou tem a oportunidade de correr com uma moto oficial de fabrica. Eles me garantiram que a diferença é realmente muito grande.
Após o término do AMA Motocross volto para o Brasil para correr o Campeonato Brasileiro de Supercross.

Thiago Fondello
Como você disse no inicio da temporada de motocross que ser o único piloto da equipe te beneficiaria em receber peças "factory". Você tem recebido alguma peça ou a moto continua a mesma desde o início do ano?

Na verdade, eu comentei sobre o fato de receber melhores peças. Realmente aconteceu, mas não são pecas oficiais( Factory). A maior mudança foi o fato de ter uma suspensão melhor que no SX. Antes, somente o Sorby tinha e no motocross eu estou utilizando também. Não é uma suspensão Factory, porém, nela existem componentes melhores que a original. Essa suspensão é utilizada pelos times semi-oficiais. Mas as motos Factory têm uma suspensão ainda melhor.


Sérgio Murilo
Lembro que você comentou que não quis o suporte de um agente esportivo. Como está essa questão esse ano? Será que um agente facilitaria sua entrada em uma equipe oficial?

Nunca optei por um agente esportivo aqui. Uma vez recebi um contrato e na verdade era uma grande furada. Porém, é algo que é muito importante e existe a possibilidade de trabalhar aqui com um agente. No Brasil, trabalho com o Flávio Bergmann, da Yes Sports, que cuida da minha carreira há mais de 6 anos.

Gustavo Meyer
Você já conversou com algum brasileiro para se juntar a você ai nos Estados Unidos?

Já conversei com outros pilotos, mas nada se concretizou. Na verdade, a única coisa do tipo até então foi com o piloto Rodrigo Selhorst, que fez a pré-temporada dele aqui comigo. Eu o ajudei com os treinos e etc. Quero aproveitar e dar os parabéns para ele. Já que ele conquistou título brasileiro da MX2 e aqui no blog, no inicio do ano, eu comentei que acreditaria muito no trabalho dele.

Carlin99
Você vai correr todas as etapas do brasileiro de supercross?
Se não correr todas, quais você vai focar?

Sim, pretendo fazer todas as etapas.

segunda-feira, agosto 11, 2008

 

Entrevista no site da AMA traduzida




Balbi recentemente concedeu uma entrevista ao repórter do site da AMA(www.ama.com), Jim Kimball.

Confira abaixo a tradução da entrevista, feita pela equipe da Yes Sports:



James Stewart, Mike Alessi e Timmy Ferry são com certeza nomes que tem impressionado durante esse verão no AMA Motocross. Mas caras como o privado da MOTO XXX Jorge Balbi tem impressionado também.
De volta a sua casa, no Brasil, Balbi poderia ser o rei do motocross; correndo por uma equipe de fábrica e ganhando muito dinheiro. Ainda sim, ele escolheu correr no melhor campeonato do mundo, inicialmente como total privado. Além disso, Balbi é simplesmente um dos pilotos mais amistosos, modestos e apaixonados pelo esporte. Eu tive a chance de me encontrar com o piloto de 26 anos logo depois do último X-Games para ver o que tem acontecido desde o último AMA em Washington. Atualmente Balbi está na 12ª posição no ranking.

1) Balbi, o que tem acontecido desde Washougal?

Basicamente, eu estou na minha rotina normal, treinando muito. Eu corri o X games, o que gostei de fazer. Me deu uma noção de onde eu estou e o que eu preciso fazer para me preparar pra próxima temporada do supercross. Nas próximas semanas eu planejo treinar mais forte para as três últimas provas e terminar bem a temporada. Eu sei que Southwick e Millville vão ser duras provas para mim. Além do clima quente, o chão é muito duro então, eu planejo usar as duas semanas para que eu possa ter uma vantagem sobre os outros caras que estão focando em 2009 ao invés de terminar 2008 bem.

2) Você vem correndo bem por todo o verão, mas em particular nas últimas corridas você tem corrido ainda melhor – a que você atribui a isso?

Jim, existem muitos fatores que contribuem para bons resultados na corrida. Tenho trabalhado realmente muito forte com a minha equipe desde o MXdN 2007. Eu tenho um bom grupo de pessoas ao meu redor, me ajudando e conto com o suporte de uma equipe estabelecida como a Moto XXX. Também tenho trabalhado com um técnico de motocross aqui no nordeste da Califórnia, Kurt Henricksen.

3) Como você está se sentindo com sua temporada no motocross até agora?

Eu coloquei algumas metas para o Motocross este ano e completei quase todas elas. Comecei o ano forte em Glen Helen e terminei em 11º com um pequeno erro na segunda bateria que me deixou de fora do top 10. No treino da semana seguinte, eu caí e sofri uma pequena fratura na mão direita. Isso me deixou impossibilitado de treinar por duas semanas e não pude forçar muito nas corridas. Quando terminaram as quatro primeiras provas, houve um intervalo no calendário que me proporcionou voltar aos 100% e completar minha recuperação.

Desde da prova do Thunder Valley onde terminei em 14º, tenho melhorado. Sem dúvidas, a minha melhor prova foi em Unadilla. Na primeira bateria eu terminei em 8º e, na segunda bateria em 4º, o que me deu um Top 5 overall. Um dos meus objetivos era terminar no topo sempre que possível, e esse top 5 é a realização desta meta.

4) Quais são as suas metas nessas três últimas três provas do nacional?

Com certeza eu quero continuar no Top 10 overall como eu tenho feitos nas últimas duas provas. Como eu disse antes, estou trabalhando tão forte como no começo da temporada e continuo me exigindo mais nas últimas 3 etapas. Com um pouco de sorte eu posso passar do 12º lugar para talvez 10º no campeonato.

5) Você foi um piloto “realmente” privado nos últimos anos onde você fez tudo para agora estar numa equipe privada: o que mudou?

Jim, muitas coisas mudaram, apesar de eu ainda não estar recebendo um grande pagamento. Ajuda ter uma equipe por trás de você. Nos anos anteriores eu tinha que coordenar tudo. As motos, a viagem, mecânica, etc... Agora com a Moto XXX ajudando, eu tenho mais tempo para focar nas corridas, treinamento, nutrição e principalmente ter certeza que o corpo e a mente estejam 100% prontos para o dia da corrida. A química entre eu e o pessoal da equipe tem sido excelente. Nós podemos nos comunicar e deixar a moto pronta, então eu me sinto confortável.

6)Você é o melhor do Brasil no motocross; eu tenho certeza que deve ter sido difícil deixar o país e basicamente começar tudo aqui nos Estados Unidos.

Sem dúvidas eu tive um grande sucesso no Brasil. Eu estava correndo por uma equipe de fábrica e tendo uma vida confortável. No entanto, eu sou um competidor e sempre quero ir pro próximo nível. Desde que eu era uma criança eu assistia AMA Motocross na TV e sonhava em algum dia competir lá. Até que chegou a hora de vir pro USA e começar do nada. Nos últimos três anos eu sinto que tenho evoluído bastante. Eu posso dizer que sou um sortudo: conseguir crescer no Brasil e pilotar motocross não foi fácil pra mim e pra minha família. Minha família fez muito sacrifício para que pudesse correr e tentar ganhar. Então quando eu cheguei no USA eu estava pronto pra lutar e dar o melhor de mim.

7) Quando o AMA acabar, quais são seus planos?

Eu tenho alguns compromissos de correr no Brasil porque eu tenho empresas no Brasil que me ajudaram a competir esse ano e agora é minha vez de dar um retorno a essas empresas. Eu fui selecionado mais uma vez para correr o MXdN na equipe brasileira e estou realmente ansioso para essa competição. Depois do MXdN meu foco estará no AMA Supercross 2009! Eu talvez corra o US Open, mas não tenho nada decidido ainda...

8) Ainda falando de 2009 Balbi, vc já fechou com alguma equipe?

Com certeza eu gostaria de ficar com a MOTO XXX. Allan (Brown, chefe da equipe) me disse que me quer lá também. O grande problema é que a economia dos Estados Unidos está muito difícil e ele não pode prometer nada ainda. Eu tenho conversado com outras equipes para ver as possibilidades. É o meu objetivo principal competir nos EUA por pelo menos mais um ano.

9) Últimos comentários sobre a sua temporada e quem você queira agradecer.

Primeiro eu queria agradecer a minha equipe, Moto X e todos os patrocinadores que nos fizeram ir tão longe. Eu gostaria de agradecer principalmente ao meu mecânico, Max, ao Allan Brown, meu chefe de equipe, ao Ronnie da Race Tech e todos os caras que fazem parte dessa equipe.

Além de todos os patrocínios da Equipe Moto XXX eu gostaria de agradecer à Silva Mattos, a Mr. Pro, L´acqua di Fiori e Zoolo.

Moto XXX é orgulhosamente patrocinada por:
Moto XXX, Tamer Racing, Perfex Corp, Akrapovic Exhaust, American Honda Motor Co., Race Tech Suspension, Pirelli Tires, Wiseco, Sidi Boots, O’Neal MX, Motion Pro, Ti Lube, Moto XXX Performance, Honda Genuine Parts, Pro Honda Oils & Chemicals, Enjoy Graphics, Deluge Sport, Vortex Sprockets and Bars, JD Jetting, Excel A60 Wheel Sets, RK Chains, Tamer Billet Starting Devices, VP Fuels, Mock Racing, ARC Levers, Honda Rider’s Club of America, Cometic Gaskets, Metaltek, Crower Power, Group D Pit Wear, Interlakes Sport Center, KG Clutch Factory, SDG USA, Polisport Plastics, Ogio, Ready Filter, Vortex Ignitions, Scott USA, Carbon Fiber Works, Bud Racing, Clutch Wipes Hand Cleaner, Hooters, Cumberland.

Confira a entrevista original no link http://www.amamotocross.com/article.php?UID=zTGiTU2u2iOgbPlI4TvSV0sBKgenNV&sc=1003&aid=12120

 

Parabéns Papais!!!!





Olá amigos do blog,

Tudo jóia?

Já fazem alguns dias que eu não posto nada né? Vocês já devem estar pensando que o Balbi aproveitou essas duas semans e tirou umas férias. Quem me dera.

Fiz tudo ao contrário. Nas duas últimas semanas treinei muito. Talvez foram as semanas que mais trabalhei durante a temporada, além disso, corri o X-Games na semana pasada. E hoje, depois de duas semanas de treinos estou atualizando o blog.


O X-Games foi muito divertido, porém, no inicio quando recebi o convite estava um pouco nervoso, já que todos sabem o quanto eu tenho me dedicado ao Motocross. Já fazem quase 3 meses que não chego nem perto de uma pista de Supercross.

Aceitei o convite e fiz um acordo comigo mesmo. Eu iria disputar a competição, mas sem me arriscar. Foi o que eu fiz. Treinei bem. Fiquei surpreso comigo mesmo. Me senti muito a vontade na pista, que por sinal tinha obstáculos gigantescos, dentre eles uma rampa de metal de 40 metros de distância. Mesmo assim me diverti muito nos treinos. Não demorou muito e comecei a virar bons tempos.

Passado os treinos era hora de entrar na pista e correr as finais. No X-Games é tudo muito apertado e disputado em um sistema muito simples. São 16 pilotos convidados e apenas 8 correm a grande final.

Como sou muito “sortudo”, cai num grupo bem forte. Mesmo assim acreditava que tinha condições de ir para a final.

A largada seria muito importante e forcei tudo que dava, mas acabou que não deu certo. Acabei perdendo tempo e saindo atrás dos adversários. Mas não esperei muito e logo fui para cima deles. Me aproximei dos pilotos Jason Lawrence e Troy Adans, que vinham em uma ótima disputa. Resolvi então usar a inteligência. Os dois pilotos dividiram uma curva, foi ai que entrei por dentro e consegui uma dupla ultrapassagem. Foi muito legal, já que o estádio completamente lotado vibrou com minha manobra.

Porém, não demorou muito e Lawrence veio com tudo para cima de mim. Começamos uma disputa que durou algumas voltas. Trocamos várias cotoveladas e também alguns Block Pass. Fomos assim até o fim, mas ele acabou me superando e foi para a final. Vocês devem estar pensando que fiquei chateado. Na verdade foi uma derrota com sabor de vitória. Lawrence é nada menos que o atual campeão do Supercross na categoria Lites. E eu estava dando meu melhor, batendo o guidão com ele.


Na Last Chance sabia que minha única maneira de ir para a final seria com uma largada de ponta, já que o Rei do Supercross, Jeremy McGrath, também não tinha ido para final. Pra variar não larguei bem. Vi minhas chances indo embora, mas mesmo assim fiz uma excelente prova de recuperação, onde passei vários pilotos dentre eles um piloto especial, Eric Sorby, que durante todo o Supercross andou a minha frente. No fim, acabei com a 11ª colocação geral. O que valeu a pena, pois essa prova tem uma premiação muito boa.


Aproveitei e assisti o resto dos eventos, que confesso a vocês, a cada está um mais bacana que o outro. Pra mim o X-Games são as nossas Olimpíadas.

Voltei para casa muito feliz. Acredito que no ano que vem com uma boa equipe, uma preparação forte e sempre com a proteção de Deus, terei condições de melhorar muito meus resultados no SX.


No dia seguinte já estava dando continuidade aos meus treinos do MX. Após estas duas semanas de muito trabalho acredito que estou na melhor forma da minha carreira. Estou confiante para as três etapas restantes do AMA MX.

Gostaria de encerrar desejando um feliz dia dos pais a todos do Brasil. Em especial ao meu que se não fosse por ele jamais chegaria onde cheguei.

Agradeço a Deus por me dar saúde e motivação para seguir em frente cada vez mais forte.


Agradeço também aos meus patrocinadores ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.

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