Jorge Balbi - Blog

Ola galera do blog!

Hoje estou viajando pra Itália, para correr o MX das Nações. Antes de falar sobre este evento, sei que muitos de vocês devem estar se perguntando sobre o futuro do Balbi. Isso é uma coisa que no passado me deixava muito chateado, sempre tendo a incerteza do que irei fazer. De fato, ainda não sei qual campeonato irei correr, mas hoje tenho a tranqüilidade total de saber que posso contar com a minha equipe 2B Racing que está confirmadíssima para 2010! Aprendi que a melhor forma de controlar o futuro é não preocupar tanto com ele e fazer do presente o melhor possível. Portanto, só o que me resta a fazer é dedicar de corpo e alma e mais do que nunca me focar no Motocross das Nações!

Estou muito animado para o maior evento de MX do mundo. Pra ser sincero, se dependesse só de mim já ESTAVA na Itália. Porem, somos um time e é muito importante que este time esteja juntos e unidos para que tudo corra bem!

Vamos ter a oportunidade de andar em motos que com certeza nunca andamos antes! Isso tem me deixado muito animado e não vejo à hora de subir nela. O tempo de adaptação é curto, mas sabemos que é pra melhor e por isso tudo pode e vai dar certo!

Torçam muito, mas muito mesmo, pois somos o Brasil sobre duas rodas no próximo fim de semana!

Quero encerrar agradecendo a Deus por todas as alegrias que ele tem nos proporcionado através no esporte e também na minha vida pessoal! Também gostaria de deixar uma mensagem para vocês de casa. Nada é impossível pra que tem Fé em Deus! Acreditem nos seus sonhos e tenham muita Fé!

Obrigado a Honda do Brasil que está bancando toda a delegação brasileira na Itália. Obrigado aos patrocinadores i9, Mart Plus, Consórcio Realizar, ASW/FOX e Orbital. Também a Silva Mattos (ASW/FOX),a MR Pro, L’acqua di Fiori e LEM.

Abraço do Balbi!

Olá amigos do blog!

Como não poderia ser diferente, venho descrever como foi o meu fim de semana dentro e fora do capacete durante o tão esperado mundial em Canelinha. A semana que antecedeu a corrida foi uma loucura. Cheguei dos USA em cima da hora. Cheguei segunda de noite e na terça já estava em BH, treinando na minha moto da minha equipe 2Bracing que é original. Na quarta peguei uma moto zero da Honda Brasil e fui para a pista tentar acertar a moto e pra variar, eu e o Max, ficamos até não ter mais luz rs...

Trouxe na Bagagem as minhas suspensões e usei o motor cedido pela Honda Brasil.
Fizemos o que deu. As suspensões já estavam prontas e não tive maiores problemas. Estranhei um pouco o motor, pois comparado à minha moto dos USA, ele tinha bastante alta, pelo fato das pistas do Brasileiro MX, mas não tinha muito torque, algo que uso muito no meu estilo de pilotagem. Chegamos ao melhor que deu e sabia que nos treinos de sábado poderia achar um acerto melhor.

Quinta feira, viagem para Canelinha e Sexta feira já estávamos na pista. A presença da minha família me da um conforto muito grande e mesmo com toda a pressão de correr o mundial em casa, confesso a vocês que estava muito descontraído e bastante feliz antes da prova.

Chegando em Canelinha fiquei mais feliz ainda. Mesmo com toda a chuva, na sexta feira os boxes estavam cheios e o carinho que recebi do público antes, durante e depois da prova me deixou muito feliz.

Muita chuva sexta e sábado. Cancelamento dos treinos e etc... Confesso que daí pra frente deu uma ansiedade gigante, porém finalmente o domingo amanheceu ensolarado!

Antes de falar da corrida, gostaria de esclarecer algumas duvidas de vocês sobre diferença das motos, equipamentos, e até mesmo sobre a moto em que corri.

Que fique bem claro, a Honda Brasil me deu a melhor moto possível e até um tanque especial de combustível maior ela conseguiu. Caso contrário eu não conseguiria terminar a corrida com o original, já que são 35min. mais duas voltas. Mas estamos falando de campeonato mundial, onde uma moto basicamente original como a minha custa no máximo de 10 a 12 mil dólares e estamos competindo com motos oficiais, verdadeiros protótipos que chegam a custar até 100 mil dólares.

Pra quem acha que o piloto Clement Desalle correu nos USA com a moto igual a minha, está enganado, por que ele levou o motor e a suspençao dele rs....

E que fique claro, mesmo essa moto de 100 mil não faz nada sozinha. Depende de um piloto, que só está em cima dela por que merece e trabalhou muito para chegar ali. Não acho jamais que em uma moto oficial iria fazer alguma mágica do dia para a noite. Mas com certeza ela facilitaria a minha pilotagem e com muito treino e trabalho poderia evoluir minha pilotagem e atingir um nível melhor, podendo até mesmo arriscar mais, pois acredito estar andando muito próximo do limite com o equipamento que tenho hoje.

Vamos pra pista.

Tudo foi reduzido para somente um treino. Procurei fazer dele o melhor possível para aprender bem a pista, que era nova pra todo mundo, porém minhas chances de tentar um melhor acerto na moto foram embora. Estava muito nervoso no treino, pois as arquibancadas estavam lotadas e a cada salto ou curva que chegavam elas faziam muito barulho rs. Aos poucos me acostumei e no fim do treino andei melhor. Fiz um bom tempo e estava bem confiante para a primeira bateria. A pista estava em ótimas condições.

Concentrei muito para a largada. Pulei como uma bala do Gate e achei até que largaria de ponta, mas na metade da reta em diante perdi bastante terreno para as motos oficiais, já que o terreno ainda estava bem pesado. O trilho em que estava era mais mole...

Mesmo assim, dobrei a primeira curva entre os dez melhores. Tudo que queria era andar forte no inicio da volta. Motos para todos os lados e fomos em direção a parte do fundo da pista ate que me enrosquei com uma Yamaha (ainda não sei quem era) e perdi algumas posições passando na chegada em 12º. Os pelotões se estabeleceram e a pista ficou limpa. Tentei atacar no inicio, mas não conseguia ser rápido e ao invés de ir para frente, fui para trás rs.

Perdi algumas posições e cheguei a cair para a 15ª colocação. Estava muito nervoso e não me encontrava na pista que, além de travada, estava bem pesada e senti muita falta de motor nas retomadas. Nas retas minha moto era com certeza uma das mais rápidas, porem não conseguia sair de curva. Mudei alguns traçados e comecei a frear antes, assim consegui sair de curva melhor, já que enquanto alguns pilotos ainda estavam freando eu já estava no gás. E funcionou, após os 15 min. de corrida comecei a andar forte e fui fazendo varias ultrapassagens. Primeiro encostei no Frances Vuilleminm e após bastante briga, acabei dando sorte, pois o motor dele quebrou. Na seqüência superei o holandês que é piloto da Honda oficial, Marc de Reuver e comecei uma briga interminável com dois pilotos, o espanhol Carlos Campano e o sul Africano Gareth Swanepoel, que é oficial Kawasaki. Passei os dois juntos e começamos uma disputa que durou até o fim da prova. Foi muito divertido e também arriscado, já que o espanhol era muito doido hehehehe...

Chegamos até mesmo a bater no ar, na hora em que passei ele pela primeira vez, o cara não queria entregar por nada rs... Nas duas voltas finais abri dele e me consolidei da 10ª colocação. Eu tinha um fator diferencial ao meu favor, o público. A galera de Canelinha me empurrou muito, mas muito mesmo. Algo que já mais tinha visto ou sentido em tantos anos de motocross. Animei e fui pra cima do sul africano, encostei nele e a galera delirou. Parecia um estádio de futebol. Vim para a última volta e ataquei de todas as formas, mas como disse antes, por mais que forçasse nos saltos e freadas não consegui superá-lo. Saltei a chegada muito, mas muito emocionado e com um sabor de vitória.Valeu Canelinha!

Senti muito a prova e fui para os boxes, bastante cansado, mas feliz! Procurei descansar ao máximo, pois queria melhorar o resultado na segunda bateria e sei que dava, pois senti que andei muito travado no inicio.

Tudo corria bem. A princípio, iria somente mudar a relação da moto para tentar melhorar nas saídas de curva. Subi dois dentes na coroa, porém ao revisar a moto, o Max descobriu que a junta do cabeçote tinha queimado e ele e meu pai começaram uma correria louca para tirar o cabeçote e trocar a junta, já que o intervalo é bem curto. No fim, até eu mesmo ajudei a terminar a moto rs... Não podíamos perder o parque fechado de jeito nenhum. Moto pronta e lá vamos nos!

Troquei a posição do gate para a segunda largada. A parte interna estava mais seca.
Cai o gate...! Dessa vez não pulei tão bem e não estava nem entre os 20 na primeira curva. Arrisquei bastante na segunda curva e fiz varias ultrapassagens na primeira volta.

Após superar alguns pilotos entrei na briga com os mesmo pilotos da primeira bateria. Os 2 da Kawasaki, D.Vuillemin e o G.Swanepoel. Encostei neles, mas não conseguia fazer a ultrapassagem. O Max me avisou que estava mais rápido que eles, já que rodei em 1.53 cravado e eles tinham 53 alto. Encostei, mas em duas partes da pista eu perdia muito tempo. Na retomada da curva dos mecânicos que era de areia solta e uma seção de costelas subindo onde chegava na cola deles e perdia muito contato após a seqüência em subida. Cheguei a mudar o meu traçado por fora na curva antes das costelas, pois todas as vezes que vinha por dentro tinha que fazer uma força tremenda para encaixar com muito jogo de corpo enquanto eles faziam com bastante facilidade.

Dei tudo que tinha e em algumas voltas cheguei a arriscar tudo. Aos poucos, minha energia foi indo embora rs... Lutei até o último segundo e pulei a chegada junto com o Piloto Julien Bill.

Fim de corrida!

Comemorei muito na bandeirada e não vou mentir, já não tinha mais energia nem mesmo para caminhar rs. Mal conseguia falar depois da bateria! Porém, a sensação de dever cumprido e o sentimento que eu deixei toda a minha energia dentro da pista dando o meu melhor me fez muito feliz como há muito tempo eu não me sentia.
Obrigado Senhor por mais uma conquista! Primeiro brasileiro a chegar entre os dez melhores do mundo.

Agradeço muito a todos que me ajudaram e em especial a essa torcida que me empurrou o tempo todo. Como disse na pista, após a corrida, dedico esse resultado ao meu companheiro de equipe Erick Bretz!

Obrigado aos nossos patrocinadores, em especial a Honda Brasil que não mediu esforços para que este mundial fosse realizado no Brasil, a minha equipe 2B Racing e aos patrocinadores i9, Mart Plus, Consórcio Realizar, ASW/FOX e Orbital. Também a Silva Mattos (ASW/FOX),a MR Pro, L’acqua di Fiori e LEM.

Olá amigos do blog,

Este fim de semana aconteceu a etapa final do ama MX. Confesso a vocês que a minha expectativa antes da prova não era muito grande, pois tive uma temporada difícil como a maioria de vocês sabem.

Porém, como sempre, fui disposto a dar o melhor e, além disso, a Mari, minha irmã, estava lá. Ela com certeza está na melhor fase da carreira dela e esta tendo uma temporada brilhante. Além disso ela tem um humor muito bom, o que me ajudou a descontrair um pouco e também esquecer do resultado da semana anterior.

Fui para os treinos bem concentrado e fiz voltas boas já garantindo a minha classificação no primeiro treino. Porém a pista ficou mais rápida no segundo e eu acabei vacilando, já que não forcei muito para o segundo treino. Assim a posição do gate não foi das melhores.

Enfim vamos a 1ª bateria!

Bateria essa que gostaria de esquecer. Larguei mal porém, ao contrario das corridas anteriores onde largo mal e logo vou recuperando aconteceu ao contrário. Não me encontrava na moto e por mais que tentasse não consegui andar como sei. Até que após 25 minutos perdi a paciência e comecei a arriscar e o pior aconteceu: após vários erros acabei indo ao chão. Fiquei sem embreagem e abandonei a bateria.

Fui pro box bem chateado e a luz no fim do túnel parecia distante. Conversei com o Max que sempre me anima, porém nem mesmo ele conseguiu me animar.

Me senti no fim do poço porém meu pai sempre me ensinou que você jamais deve se entregar. Decidi lutar até o ultimo minuto. Lembrei das palavras dele e fui em frente. Minha moto estava com um acerto de suspensão idêntico a etapa anterior que era de areia, porém a pista estava dura e com muitas canaletas. Sem ter um técnico de suspensão resolvi arriscar. Mudei o acerto, troquei o pneu dianteiro e fui para a largada.

Momentos antes rezei e me concentrei. Mesmo com todos momentos difíceis que passei neste campeonato jamais perdi a Fé em Deus e também em mim mesmo, em acreditar que sou capaz. Pedi a Deus somente proteção e fui para a largada me sentindo melhor.

Estudei muito as linhas da pista na volta de apresentação já que estava muito mais muito complicado. Cai o gate. Pulei bem e estava por fora na subida e, claro, perdi um pouco de terreno. Porém entrei sem tirar a mão na primeira curva e, assim, continuei durante toda a volta.

Acho que estava entre os 10 ou 12 na primeira curva porém fui pra cima na primeira volta com muita vontade. Senti que aquela era a minha chance. Passei vários pilotos começando pelo Adam Chatifield, W.Peick e até mesmo dei a sorte já que no meio da primeira volta entrei por fora do Reed e ele caiu naquela mesma curva. Essa foi com certeza a minha melhor primeira volta. Como tinha tudo muito bem decorado na minha cabeça pude fazer a diferença passando ainda o Millsaps e o B.Lamei no inicio da segunda volta.

Foi dai em diante que começou a ficar difícil pois a adrenalina abaixou e todo mundo começou a andar rápido. Porém olhei para frente e não quis saber de quem vinha atrás de mim.Tinha na minha frente o Campeão canadense Colton Facciotti e comecei a atacar ele de todas as formas.

Atrás de mim vinha o Tedesco e começamos uma disputa bem divertida que não durou muito, já que o Tedesco acabou me passando e eu passei o Canadense. Me estabilizei em sexto e acelerei muito forte para conseguir acompanhar o Tedesco e deu certo. Fui na balada dele o que fez esdapar do M Byrne e também encostar no A.Short. O Tedesco acabou passando o Short e neste momento encostei de vez no short porém não consegui fazer a ultrapassagem. Na minha cabeça mal podia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. Foi muito difícil me manter concentrado. Tanta coisa deu errada este ano quando estava na frente que durante a prova tinha muito medo que algo desse errado e ate mesmo não queria arriscar. Só o que queria era a bandeirada rs....


Entrei no ritmo do Short, o que acabou me atrapalhando, já que o Byrne, que estava atrás de mim por várias voltas, acabou se aproximando e começamos uma boa briga. Ele vinha forte, acabou me passando. Dei o troco em seguida daí ele tornou a me passar, porém logo em seguida errou.

Retomei a sexta posição, porém com isso perdi contato com o Short. Neste momento cheguei a sentir a corrida já que vinha forçando muito. Tinha um triplo em subida que estava saltando e também dois saltos secos que caíam em canaletas. Para faze-los, tinha que usar muita energia na minha motinho privada rs...

A corrida foi chegando ao fim, porém as brigas não. Voltei a me aproximar do Short porem o Abretsons encostou em mim e me passou. Duas curvas mais tarde dei o troco e mantive a sexta colocação com muita, mais muita pressão do Albertsons e do Ferry. Me segurei como pude até que a poucas curvas do fim o retardatário Kyle Keylon abriu para o short passar entrando na minha frente. Fiquei preso atrás dele e acabei sendo ultrapassado tentei de todas as formas dar o troco e pulei a chegada junto com o Ferry.

Mal podia acreditar a corrida que tinha acabado de fazer! Pra melhorar mais ainda, fui chamado ao pódio para receber um prêmio da organização com um belo chequito por ter feito a melhor corrida de recuperação entre a primeira e segunda bateria. Fiquei muito, mais muito feliz. Demorou mas veio!

Precisava muito desse resultado e se é preciso vários resultados ruins para me deixar desmotivado, basta um como esse para ficar super empolgado e mal poder esperar para entrar na pista novamente e repetir o que fiz! Que venha Canelinha!

Parabéns pra Mary que andou demais e sinceramente na minha opinião nao de irmão mais de piloto, ela tem tudo para brigar pelo titulo do WMA em 2010!

Agradeço a Deus por abençoar o meu trabalho com esse resultado e o mais importante fazer uma temporada inteira do ama mx 100% fisicamente.

Agradeço ainda a todos aqueles que acreditaram em mim nos momentos difíceis em especial ao meu pai, ao meu mecânico Max e ao Maguila. Conto com a presença e torcida de todos vocês em Canelinha!

Muito obrigado aos que fazem acontecer, a minha equipe 2B Racing e aos patrocinadores i9, Mart Plus, Consórcio Realizar, ASW/FOX e Orbital. Também a Silva Mattos (ASW/FOX),a MR Pro, L’acqua di Fiori e LEM

Ola galera do blog!


Este fim se de semana aconteceu a penúltima etapa do ama mx. Fui pra Southwick muito animado por dois motivos, um deles é que a corrida de Southwick é muito difícil e dura. Geralmente me dou melhor nessas condições, outro fator bem legal é a grande quantidade de Brasileiros que vão assistir a corrida, já que no estado de MA tem muito Brasileiro.

Vinha bem confiante da corrida anterior e pra ser sincero tenho me sentido muito bem nesta reta final do campeonato. Choveu bastante e achei que o dia seria de lama porém a pista é de areia o que acabou surpreendendo a todos, já que as condições da pista eram excelentes.

Fui para os treinos e saí da pista sentindo que aquele poderia ser o dia que tanto venho esperando nesta temporada. Fui o sexto mais rápido na classificatória entre os 80 pilotos inscritos. Pude andar atrás do Chad Reed no treino, o que me ajudou muito já que estava andando bem rápido pude aprender bastante com as linhas dele.

Largada da primeira bateria.

Alinhei bem por dentro, já que meu tempo foi excelente e pulei bem do gate, só que não contava que o chad Reed iria fazer uma manobra um tanto estranha quase jogando não só a mim mais vários pilotos, pois ele cruzou a pista de um lado para o outro. Alguns metros a frente do gate bati na traseira dele embolei com o Tedesco e Graças a Deus escapei, porém minha largada foi por água abaixo.

Comecei a corrida em uma péssima 27ª colocação, porém, estava realmente rápido e comecei a fazer varias ultrapassagens. Fui pegando um a um e mais ou menos na metade da prova encostei no piloto J.Doud. Eu estava mais rápido e cheguei a pressionar mas não consegui a ultrapassagem. Procurei aprender um pouco com as linhas deles que estavam melhores que as minhas e juntos chegamos no pelotão de pilotos da frente. Logo ele passou o milssaps em seguida consegui também passar o milsaps me distanciei um pouco dele e na volta seguinte encostei no piloto Cristia Craig, onde perdi um pouco de tempo, mas logo consegui superá-lo.

O fim da corrida estava próximo e mesmo assim mantive o ritmo me aproximando do piloto J.Doud novamente. Estava bem tranquilo e comecei a adiministrar a corrida, já que a pista estava completamente destruída. Duas voltas para o fim e com certeza seria o 11º primeiro colocado, pois não queria arriscar passar o Doud. Mas, pior estava por vir. Ao pular o salto de chegada, com bandeira branca indicando uma volta para o fim...

A moto apagou com sintomas de falta de gasolina. Mal podia acreditar. Mais uma vez ela me deixou na mão. Empurrei a moto que parecia pesar uma tonelada na areia da pista. Fiz muito, mas muito esforço e finalmente consegui chegar no pit onde completamos o tanque e pude terminar aprova.

Esforço que infelizmente não adiantou muito, pois perdi um tempo absurdo e varias posições. Cheguei somente na 21ª colocação, uma posição fora da zona de pontuação.


No intervalo da prova estava arrasado. Lutei muito e venho lutando muito. Todas as vezes que subo em cima da minha moto eu corro com o coração. Sempre dou o meu melhor, mas nem sempre depende somente de mim.

O pior é que eu e o Max não sabíamos o que fazer para a segunda bateria, já que o tanque saiu cheio até em cima.

Conversamos e decidimos trocar a coroa para dois dentes abaixo e planejamos um pit stop rs... O que no mx e praticamente impossível.

A grande verdade, é que depois do que aconteceu fui com a cabeça bem abalada para a segunda largada. Larguei muito mal e os dois dentes fizeram muita diferença para pular do gate. A pista estava super pesada e no inicio estranhei muito a moto. Não sabia bem o que fazer nas saídas de curva, porém aos poucos comecei a me recuperar da largada horrível.

Até que na quinta ou sexta volta, saí pra fora da pista e na tentativa de voltar logo em seguida acabei agarrando nos marcadores de pista e perdi muito tempo. Fim de prova. Fiquei bem triste com o resultado, mas ao mesmo tempo tinha motivo pra me alegrar. Sei que estou andando muito bem, estou na minha melhor forma e provei que posso andar entre os melhores. É uma pena, já que o resultado no papel não conta o que realmente aconteceu, mas estou feliz comigo mesmo e também com o Max, pois ao fim de todas as corridas eu dei o meu melhor e é só o que posso me cobrar. Este ano ainda não aconteceu aquele dia especial onde tudo dá certo e o resultado vem. Estive várias vezes muito próximo de fazer um excelente resultado, mas algo acabou dando errado. Na maioria das vezes a moto (rs...).

Desmotivado? Não! Ainda tenho três corridas, a final do ama, mundial em canelinha e mx das nações. Tenho certeza que o dia que venho esperando ainda vai chegar. Estou pronto e esperando por ele rs...

Agradeço muito a Deus, pois o mais importante eu tenho. Muita saúde, força mental e física. O resto na hora certa vem.

Dias melhores virão!

Vejo todos vocês em Canelinha!

Muito obrigado aos que fazem acontecer, a minha equipe 2B Racing e aos patrocinadores i9, Mart Plus, Consórcio Realizar, ASW/FOX e Orbital. Também a Silva Mattos (ASW/FOX),a MR Pro, L’acqua di Fiori e LEM