Jorge Balbi - Blog

A oitava etapa do AMA SX foi realizada em Atlanta. Foi a primeira etapa fora da costa oeste, são 3 horas a menos. Isso ajuda bastante aos que acompanham aí no Brasil o áudio da corrida e também a cronometragem on line, pela internet.

Tive uma gripe que me atrapalhou a semana. Não treinei todos os dias e até sexta fiquei na expectativa de melhorar, mas infelizmente fui bastante gripado para Atlanta. Essas corridas na costa leste, as pistas possuem outras características , o terreno é diferente, a terra é mais macia, dá mais tração e combina mais com meu estilo. Acredito ter melhores chances nestas pistas.

Na hora de entrar na pista, esqueci a gripe e acelerei sem medo. Imaginem mais de 70 mil pessoas no estádio (recorde). Fui muito bem nas classificatórias, inclusive ganhei uma delas. Classifiquei-me com o 25º tempo geral da noite. Larguei em sétimo lugar, no pelotão da frente. Acelerei sem dó e ganhei mais duas posições. Estava em quinto, quando em um triplo, cometi um pequeno descuido e caí. Fui para último, recuperei algumas posições e terminei em 18º lugar.
Na repescagem fui o último a escolher o gate. Larguei numa posição muito mal e fui um dos últimos a fazer a primeira curva. Fiz uma corrida boa e mesmo sabendo que não classificaria, baixei meu tempo em um segundo, passei muita gente, fui constante e terminei em nono lugar, na frente de pilotos como Ryan Clark, Keith Johnson e Jacob Saylor e Michael Byrne. Continuarei batalhando para na próxima etapa, em St. Louis, eu esteja entre os 20 melhores. Fiquei satisfeito por ter melhorado a minha largada na Heat. Isso significa que meus treinos estão surtindo efeito. Ter vencido uma bateria classificatória também foi muito bom. Obrigado a Riffel / Fox / ASW / Zoolo / Cia Athletica / All Service Cleaning / Max Saving Mortgage/ Andrey Jomakei / John Burr / / Tag / One / DRD / CTi.

Valeu!

Balbi

Foto:
http://www.racerxill.com

Piloto anuncia seus novos patrocinadores e sua estrutura para o novo ano

Apesar de correr mais um ano de forma independente, o piloto brasileiro Jorge Balbi vislumbra uma temporada de 2007 muito melhor nos EUA. Mesmo sem estar em nenhuma equipe de fábrica, o brasileiro conseguiu montar uma estrutura bem mais profissional para a temporada e acredita que irá batalhar por resultados ainda melhores.

A primeira decisão foi a de abandonar as pistas brasileiras e focar única e exclusivamente nos EUA. “Ano passado, fiquei no meio do caminho entre os EUA e o Brasil e acabou que não consegui focar direito em nenhuma das competições. Este ano decidi: vou correr aqui e só vou ao Brasil para uma ou outra prova em que não haja coincidência de datas”, afirmou.

A decisão seguinte passou pela definição dos patrocinadores, que decidiram se associar ao piloto no projeto de levar o nome do Brasil para o principal pólo do motocross mundial. Em 2007, Balbi tem como patrocinadores a Riffel – uma das maiores empresas da América Latina em coroas, pinhões e correntes - a FOX/ASW – principal empresa do país no segmento de equipamentos para prática off road. O piloto contará também com o apoio da Zoolo, maior loja de roupas e acessórios do nordeste. Nos EUA, o atleta conta com os seguintes patrocinadores: All Service Cleaning, John Burr Cycles, DRD, CTi, Dunlop, MB1, Smith, Tag Metals, One industries e Max Savings Mortgage, empresa do empresário brasileiro Andrey jomakey .

Balbi conta ainda com outro apoio que será fundamental nesta temporada. O piloto, foi considerado um dos melhores pilotos privado em 2006 e, por isso, ganhou o apoio do Warthog Racing Team, equipe americana que oferece ao piloto toda estrutura de pista como carreta, transporte da motocicleta e as passagens de avião para que ele e seu mecânico possam se transportar nos EUA. “Ano passado viajei pra quase todas as provas de furgão. Além disso, tinha que ficar me preocupando em levar equipamento e isso me desgastava demais. Entrava para as provas, bem mais cansado que meus rivais”, contou o piloto.

Balbi conta ainda com mais um forte aliado para atingir os seus objetivos na temporada 2007. O brasileiro conseguiu o apoio da Maley Motorsports e, a partir de agora, passa a contar com o treinador Justin Maley no seu esquema de treinamentos.

Maley é natural do Canadá e lá começou sua carreira, onde treinou os principais nomes do país e conseguiu três títulos nacionais como treinador. Depois mudou para os EUA, onde passou a treinar grandes nomes como o próprio Jorge Balbi e a tricampeã do WMA Jessica Simpson, entre outros.

Para o piloto brasileiro, o treinador canadense estará ao seu lado, até que ele tenha condições e ter o seu pai lá nos EUA “meu pai sempre me treinou no Brasil e foi o maior incentivador da minha carreira. Tudo que sou hoje no motocross é devido a ele e espero tê-lo ao meu lado assim que a condição financeira permitir” ressalta o piloto que na esconde o desejo de ter a família ao seu lado lá nos EUA “por enquanto isso ainda é um sonho, a realidade é que eles precisam trabalhar no Brasil para poderem me ajudar aqui.

A ajuda do treinador será principalmente no supercross, modalidade que o brasileiro não treina e nem compete há anos. Com isso, ele espera melhorar ainda mais a sua performance e surpreender os críticos americanos que, apesar de impressionados com seus resultados no motocross no ano passado, o consideravam um piloto que só se dava bem em provas abertas, mesmo sem nunca terem visto o piloto andando no supercross.

Com esse início, Balbi prova que pode andar rápido também dentro dos estádios e em provas fechadas. “Há alguns meses, o Balbi estava meio perdido no supercross. Depois de muitos dias de treinamento e trabalho técnico, ele se tornou e é um sério candidato a começar a fazer as finais em todos os eventos”, comentou o experiente Maley.

Na temporada do AMA Supercross, maior campeonato do mundo e que começou no primeiro fim de semana do ano nos EUA, Balbi esteve presente nas seis etapas e em todas ficou classificado entre os 40 melhores. O melhor resultado do brasileiro foi a 17ª colocação, na etapa de Phoenix, onde marcou 4 pontos e é o atual 27º colocado.

Frutos de 2006

A excelente temporada e o grande número de recordes que o brasileiro quebrou nos EUA serviu para que Balbi chamasse ainda mais a atenção dos brasileiros. As provas onde o mineiro participa nos EUA, têm atraído grande audiência no Brasil. Muitas pessoas passam as madrugadas acompanhando os tempos do piloto pela internet. O blog do piloto chega a ter mais de vinte vezes mais acesso nos dias de corrida.

A grande procura pelo esporte atraiu a atenção da ESPN Brasil, que está negociando os direitos de transmissão da próxima temporada do AMA Motocross, que começa em maio. Com isso, os milhares de brasileiros que acompanham as provas do piloto na internet poderão passar a assistir a corrida na televisão a cabo.
Alguns, mais fanáticos, não se contentaram em assistir as provas pela TV e estão organizando uma excursão para assistir uma prova do piloto durante o tradicional Daytona Bike Week. Também já existem conversas para que uma excursão seja organizada para assistir ao brasileiro em Glen Helen, na final do MX americano, em setembro nos EUA.
Os resultados do brasileiro nos EUA também fizeram com que grandes empresas voltassem os olhos para o esporte nacionalmente. O nível dos pilotos cresceu muito e o campeonato de 2007, promete ser um dos melhores dos últimos tempos. “Sempre que as datas não coincidirem eu quero correr no Brasil. O campeonato deste ano tem tudo para ser um dos melhores e maiores dos últimos tempos”, destacou Balbi.

Crédito foto: Carlos Aguirre/Yes Sports